A tarde desta terça-feira, 02, marcou um encontro de palavras, esforço e emoção no Centro Comunitário da Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Barracão. Foi ali que o Sicredi Fronteiras apresentou os 78 finalistas do programa Escrevendo com o Sicredi, uma iniciativa que mobilizou escolas de Barracão e Dionísio Cerqueira e reuniu estudantes do 5º e do 9º ano em uma disputa marcada por concentração e domínio da escrita.
Mais de 800 alunos participaram das primeiras etapas, que envolveram leituras, exercícios de ortografia e conteúdos trabalhados em sala de aula entre eles educação financeira, sustentabilidade e cooperativismo, reforçados pelos gibis oficiais da Turma da Mônica utilizados como material complementar.
Para o Sicredi, o projeto ultrapassa a competição e retorna diretamente para o desenvolvimento escolar. O Gerente da agência Sicredi Fronteiras, Luiz Pedro, explica que a iniciativa tem gerado mudanças visíveis no comportamento dos estudantes “a gente percebe uma redução de telas e um aumento real de leitura. Quem escreve precisa ler, e isso melhora notas e fortalece todo o trabalho pedagógico”, afirma. Ele destaca que o programa cumpre princípios cooperativistas de educação e apoio à comunidade.
Na disputa, cada palavra dita coloca os alunos diante do próprio foco. O campeão do 9º ano, Henrique Jacoski, descreveu a experiência com maturidade “requer muito foco. Não só pelas palavras, mas pela pressão do momento. Você precisa se adaptar, respirar e confiar”. O estudante levou o notebook destinado ao primeiro lugar. “Me esforcei bastante. Estou muito feliz e vou usar bem esse notebook”, completou.
Entre as finalistas, Valentina Galvão, terceiro lugar, descobriu que a competição vai além das palavras “eu não achava que tinha essa competência. Estudei, competi e cheguei mais longe do que imaginava. Foi muito importante pra mim”.
A diretora da escola Theodureto Carlos de Faria Souto, Dayani Machiavelli, comemorou os resultados obtidos pela instituição, que garantiu o primeiro e o terceiro lugar. Para ela, o desempenho dos alunos reflete o trabalho constante de incentivo à leitura. “A preparação fortalece a ortografia, mas também a concentração. Eles aprendem a encarar a palavra com calma e raciocínio”.
No Colégio Dr. Mário, a professora Vanderlisse Bolgenhagen afirma que o concurso movimentou as turmas do 9º ano. “Fizemos quatro eliminatórias internas. Eles percebem o quanto se preparar faz diferença”, disse. Ao lado dele, Milena Cullenberg, segundo lugar, definiu o verdadeiro obstáculo da final: “O nervosismo. A gente estuda, mas precisa respirar e confiar. Quando a gente se acalma, tudo dá certo”.
Com participação recorde e alcance regional, o Escrevendo com o Sicredi mostra que educação se fortalece quando recebe incentivo, material adequado e espaço para que os estudantes descubram suas próprias capacidades uma palavra de cada vez.
Plácido Valiati / Portal Tri
