A taxa de inadimplência de aluguel em Santa Catarina registrou alta pelo segundo mês consecutivo, saindo de 2,20%, em abril, para 2,33%, em maio, com variação de 0,13 ponto percentual. No comparativo com o mesmo período de 2024 (2,26%), houve um aumento de 0,07 ponto percentual. Apesar do aumento, o índice no estado ainda está abaixo da média nacional, que foi de 3,33% em maio. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, plataforma de soluções financeiras para o mercado imobiliário.
Segundo Manoel Gonçalves, diretor de negócios para imobiliárias da Superlógica, o aumento indica que as famílias estão com orçamentos mais apertados, prolongando o atraso das dívidas, o que dificulta a reorganização financeira e a regularização das contas.
"É bem importante monitorar as projeções de alta na inflação e nas taxas de juros, por serem fatores que podem agravar ainda mais a inadimplência de aluguel e o endividamento geral nos próximos meses”, reforçou.
Em maio, a região Norte voltou a ficar no topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,77%, após queda em abril (4,45%). A região Nordeste fechou em 4,68%, após ficar em primeiro lugar em abril (4,55%), à frente do Norte. Sudeste vem logo em seguida com taxa de 3,13%, ultrapassando o Centro-Oeste (3,12%), que estava em terceiro lugar desde novembro de 2024. A região Sul segue com a menor taxa do país, de 2,70%
O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sul, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu para 2%, em maio, mas ainda ficou abaixo da média nacional de 2,20%; e a de casas de 3,17% para 3,41%, mas também ficou abaixo da média00 nacional de 3,72%. Já os imóveis comerciais registraram 3,45% de inadimplência, após 3,35% no mês anterior. No país, a média foi de 4,58% no mesmo período.
No cenário nacional, nos imóveis residenciais a maior taxa de inadimplência foi na faixa de aluguel acima de R$ 13 mil (6,25%) – o maior índice desde junho de 2024, enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2 mil a R$ 3 mil (1,87%). Já em relação aos imóveis comerciais a faixa até R$ 1 mil trouxe a maior taxa (7,28%), e a menor foi na faixa de R$ 2 mil a R$ 3 mil, de 3,97%.
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