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Advento é tempo de Expectativa, Vigilância e Oração, reflete Dom Edgar

O Bispo de Palmas e Francisco Beltrão valoriza o novo Ano Litúrgico da Igreja

Advento é tempo de Expectativa, Vigilância e Oração, reflete Dom Edgar
Foto: Divulgação

A Igreja Católica Apostólica Romana inicia a celebração do Tempo Advento com a abertura neste domingo, 30 de novembro, do novo Ano Litúrgico. É um período de quatro semanas até o Natal. Nas Igrejas, nesta data é acesa a primeira das quatro velas, que é colocada em uma coroa.
No primeiro domingo, é tradicionalmente chamada de Vela da Esperança. Geralmente roxa, simboliza a esperança na vinda do Messias e lembra as profecias sobre o seu nascimento.

Dom Edgar Xavier Ertl.
Foto: Dom Edgar Xavier Ertl.

Em sua reflexão semanal, o Bispo de Palmas e Francisco Beltrão, pontua que é um tempo de expectativa, vigilância e oração.

“Divino Espírito, prepara meu coração para receber o Salvador, fazendo de mim um discípulo vigilante na oração, pronto para reconhecê-lo nos irmãos mais pequeninos, nos irmãos que clamam por mim, por aqueles que mais necessitam da minha atenção”

Advento: A espera de Deus entre nós!

Neste domingo, 30 de novembro, iniciaremos o nosso novo Ano Litúrgico e o Tempo do Advento, dividido em 4 semanas, até o Natal de Nosso Redentor e Salvador. O tempo do Advento celebra a vinda de Jesus Cristo no tempo e na história da humanidade, é a encarnação de Deus na pessoa de Jesus – “O Verbo se fez carne habitou entre nós, armou sua tenda, a sua morada entre os seus” – realizado pelo consentimento de Maria, sua e nossa Mãe. Ele veio para trazer-nos a salvação, a eternidade, a plenitude da vida. É, portanto, tempo de expectativa, e somos chamados a vivê-lo em expectativa ansiosa e messiânica para poder receber dignamente o Senhor no momento em que vier e nos encher de desejos de um dia, então, em definitivo, possuir o reino celeste. Confiantes nas promessas do Senhor, iniciamos com fé e disposição a caminhada rumo ao Natal, porque o que nos move mesmo é a esperança que o nascimento de Jesus causou na humanidade. Que neste Advento estejamos dispostos a acolher a proposta do Senhor que nos quer atentos na oração e na vigilância.

No Natal a “Palavra acampou entre nós”

No Evangelho de João lemos: “A Palavra se fez homem e acampou entre nós” (Jo 1,14). Noutras traduções lê-se: “Ele, Jesus, veio morar entre nós”. Outra diz ainda que “o Verbo se fez carne habitou entre nós, armou sua tenda, a sua morada entre os seus”. O que João quer anunciar é o “Logos Eterno”, a “Palavra”, o “Emanuel” que se apresenta em pessoa, toma “carne”, por isso – “encarnação”, se fez simples homem. Deus veio morar/residir entre nós, logo, portanto, Deus habita conosco. Tornar-se carne da Palavra é o ponto de chegada da história de Deus, que se comunica com a humanidade. O que era eterno, ou seja, a Palavra Logos, que estava voltada para Deus e é Deus, em um momento preciso “se torna” carne, participando da nossa condição mortal. “Deus é um homem real e concreto: Jesus”, escreveu Silvano Fausti (cf. Uma Comunidade lê o Evangelho de João, p. 25). Continua Fausti: “Toda fragilidade, fraqueza e limite, o ser-para-a-morte da nossa condição tornam-se seus. E justamente a sua carne, e não outra, revela a Glória” (idem).

A imagem da tenda também devemos considerar como espaço físico de alguém que está entre pessoas. O Filho Eterno do Pai, Jesus, com seus pais, teve este espaço, a moradia em Nazaré. Superando, o que poderia ser somente espaço físico, como dizemos, “acampou entre nós” ou “veio morar”, entendemos sim que a comunidade joanina quis afirmar que Deus tem uma morada com o seu povo. A “Palavra Eterna”, a “carne” de um homem, Jesus de Nazaré, encontra sua moradia entre nós. Nesta altura da reflexão, devemos, portanto, expressemos nossa gratidão e louvação a nosso Deus que assumiu a fragilidade de nossa carne, para fazer em nós sua morada! Tudo aconteceu porque a Palavra, o Filho de Deus, “se fez carne e habitou entre nós”.

“Ficai atentos e orai…”

Vigilância e oração são as duas atitudes recomendadas aos discípulos de ontem e aos de hoje. “Divino Espírito, prepara meu coração para receber o Salvador, fazendo de mim um discípulo vigilante na oração, pronto para reconhecê-lo nos irmãos mais pequeninos, nos irmãos que clamam por mim, por aqueles que mais necessitam da minha atenção. Faça-me Senhor um discípulo missionário atento aos teus sinais no lugar onde vivo, com as pessoas concretas com quem trabalho e convivo. Que neste Advento de 2025. Ano Jubilar da Encarnação de Deus – o Emanuel, Deus entre nós, a vigilância e a oração sejam atitudes destacadas no meu modo de proceder, de agir e colaborar com o teu Reinado, sempre acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem para nos salvar e libertar em comunidade”. Assim seja! Uma abençoado e um profundo Tempo de Advento aos nossos leitores, preparando-nos para celebrarmos com júbilo a presença de Deus entre nós!

Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão

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