De acordo com relatos de advogados, os golpistas agem usando números de telefone com prefixos 47 e 49. Eles criam perfis falsos no WhatsApp com fotos retiradas do Facebook de profissionais da advocacia, passando-se por eles para entrar em contato com clientes.
No primeiro momento, os criminosos se apresentam como advogados responsáveis por liberar valores de alvarás judiciais. Durante a conversa, informam que uma “terceira pessoa” do Tribunal de Justiça entrará em contato para dar prosseguimento à liberação.
Ao clicar no link, o celular instala um programa de espelhamento de tela, que permite ao criminoso visualizar tudo o que a vítima digita. Na sequência, ela é induzida a entrar no aplicativo do banco para verificar se o dinheiro do alvará foi depositado. Nesse momento, os golpistas capturam senhas e dados bancários, passando a realizar transferências, empréstimos e movimentações indevidas.
Segundo os relatos, os criminosos acessam processos judiciais públicos para obter informações como número da ação, valor da causa e nome das partes. Esses dados reais aumentam a confiança da vítima e dificultam a percepção de que se trata de um golpe.
Além do prejuízo financeiro, a fraude tem causado constrangimento a advogados, já que muitos clientes acreditam estar realmente em contato com seu defensor.
Orientações para se proteger
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e entidades de segurança reforçam a importância de divulgar informações sobre o golpe, para que a população não caia na armadilha.
Marcos de Lima / Rádio 103 FM