O levantamento ouviu mais de mil pessoas em todo o país e revela ainda que 44% consideram o preço dos ingressos a maior barreira para frequentar eventos musicais, seguido pela distância (19%) e falta de tempo (17%).
Apesar desses obstáculos, muitos fãs buscam formas de garantir a experiência. Dos entrevistados, 47% economizam com antecedência para comprar ingressos, enquanto outros 17% compram por impulso. 70% afirmam ir aos shows motivados por um artista específico, e 38% não se importam em pagar caro por suas apresentações favoritas. Além disso, 23% já gastaram mais do que podiam em ingressos ou produtos oficiais de artistas.
Os custos relacionados aos eventos vão além das entradas. Entre os gastos extras mais comuns estão alimentação e bebidas (64%), camisetas, bonés e pôsteres (20%), pulseiras e lembranças (19%), itens de moda (14%) e experiências VIP ou upgrades (12%). Para aqueles que viajam para acompanhar shows, 36% gastam mais de R$ 1.000 em transporte, hospedagem e alimentação.
O levantamento também revela que 89% dos brasileiros frequentam até sete shows ou festivais por ano, e 73% acompanham apresentações pelas redes sociais quando não podem comparecer presencialmente. A concentração de grandes eventos no Sudeste limita 55,5% dos fãs, que gostariam de ir a mais shows, mas enfrentam dificuldades geográficas.
Para lidar com os custos, 36% dos participantes optam pelo parcelamento e 45% realizam compras via cartão de crédito em parcelas sem juros, enquanto 38% utilizam o Pix. Além disso, 22% enxergam oportunidades de gerar renda extra durante os eventos, vendendo alimentos, produtos oficiais ou experiências relacionadas aos shows.
“Os festivais de música são experiências únicas, mas também exigem planejamento financeiro. Organizar o orçamento, reservar recursos com antecedência e avaliar formas de pagamento são passos essenciais para aproveitar o evento sem transformar o prazer em dívida”, afirma Rodrigo Costa, especialista da Serasa em educação financeira.
TV Cultura