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"Lula deveria falar com o presidente Trump", diz novo presidente da Fiesc sobre tarifaço

Ao assumir a liderança da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Gilberto Seleme defende que a solução para a crise das exportações passa por um diálogo direto entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos.

"Lula deveria falar com o presidente Trump", diz novo presidente da Fiesc sobre tarifaço
Foto: Filipe Scotti, Fiesc
Industrial Gilberto Seleme assume a liderança da Fiesc em posse solene nesta sexta-feira (22), às 19h, na sede da entidade, em Florianópolis (Foto: Filipe Scotti, Fiesc)
O empresário Gilberto Seleme, de Caçador, assume nesta sexta-feira (22) a presidência da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) com o grande desafio de liderar a resposta ao "tarifaço" de 50% imposto pelos Estados Unidos. Em entrevista exclusiva à NSC Total, ele defendeu que a solução para o impasse depende de uma conversa direta entre os líderes dos dois países.

"O presidente Lula deveria falar com o presidente Trump. E nós precisamos ser humildes porque apenas 1,1% das importações dos Estados Unidos vêm do Brasil. Para eles, somos pequenos; mas para nós, os Estados Unidos são muito grandes", enfatizou Gilberto Seleme.

Ele, que é o primeiro industrial do Oeste catarinense a presidir a entidade, compara o impacto da medida à indústria como "ter um dos quatro pneus furados". Seleme considera que, se as tarifas se mantiverem por mais de 90 dias, o setor terá "problemas sérios" para se adaptar e evitar demissões. O melhor cenário, segundo ele, seria uma redução das tarifas para uma faixa de 10% a 15%.

Ações da Fiesc e crítica ao governo federal

Desde que assumiu o cargo, Seleme tem articulado intensamente na busca por soluções. A Fiesc, junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), tem patrocinado equipes e escritórios nos Estados Unidos para auxiliar no processo de negociação e mobilizar clientes americanos a pressionarem o próprio governo.

Para evitar demissões em massa, a entidade vai lançar um plano de emergência, em parceria com o Senai e o Sesi, que oferecerá cursos de qualificação e consultoria para que as empresas mantenham seus trabalhadores durante a crise.

Seleme também criticou a postura do governo federal, que, segundo ele, tem agido de forma lenta e não enviou negociadores com poder de decisão. "O governo não percebe o tamanho do impacto desse tarifaço. Em determinadas regiões e segmentos, isso pode se tornar devastador", alertou.

Prioridades da nova gestão

Na sua gestão, Gilberto Seleme promete seguir o planejamento estratégico de seu antecessor, Mario Cezar de Aguiar, com foco em três pilares: associativismo, educação e infraestrutura. Ele destacou a importância de continuar investindo no Senai e no Sesi para qualificar a mão de obra e defendeu a privatização de rodovias e ferrovias como solução para os gargalos históricos de infraestrutura de Santa Catarina.
 
NSC Total
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