Na noite deste sábado, 9, o CTG Sinuelo da Fronteira foi mais do que cenário de um evento, foi um ponto de encontro de almas unidas pela tradição. O quarto Café Colonial trouxe ao salão o aroma envolvente do café recém-passado e sabores típicos que se espalhavam entre mesas repletas. Ao som de músicas que carregam o coração do gaúcho, as invernadas apresentaram danças e coreografias que mantêm viva a essência cultural da região.
Mais de 400 pessoas estiveram presentes, celebrando, compartilhando e vivendo um momento em que a cultura não apenas se mostra, mas se sente. Entre cada passo de dança, o resgate de histórias e costumes que atravessam gerações.
O instrutor de danças tradicionais gaúchas, Matheus Spiecker, lembrou que essas coreografias vêm de um tempo em que havia poucas festas no ano e que, por isso, a indumentária era especial, feita sob medida para cada ocasião. “Era um traje único, pensado para marcar aquele momento. Estamos retratando algo muito antigo, e cada detalhe carrega significado”, explicou.
Para o patrão do CTG, Cristiano Gionco, o Café Colonial é também um ato de fortalecimento da comunidade. “O que estamos fazendo aqui é para nossa juventude. É para tirar nossos jovens de caminhos errados, longe das drogas e do celular, trazendo eles para dentro da tradição, para aprenderem valores”, destacou.
Já a coordenadora das invernadas, Márcia Marangon, reforçou o impacto cultural e pessoal que o CTG proporciona. “Aqui a gente vê crianças e jovens se transformando. Pessoas tímidas que aprendem a se relacionar, a trabalhar em grupo, e a valorizar suas origens. Isso é muito mais que dança, é formação para a vida.”
Foi uma noite em que a união e o orgulho das raízes gaúchas atravessaram fronteiras, aquecendo não apenas o salão, mas o coração de todos que participaram.
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