Golpe -
Policial -
05/08/2025 08:48
Esquema envolvia advogados, empresas de fachada e abordagem direta às vítimas para fraudes em ações judiciais; idosos recebiam valores ínfimos por créditos de alto valor
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou 14 pessoas, incluindo quatro advogados, por fazerem parte de uma organização criminosa interestadual especializada em aplicar golpes contra idosos. O esquema, que usava créditos judiciais como isca, fraudou mais de 215 vítimas em Santa Catarina e em outros quatro estados: Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas.
A denúncia, apresentada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Modelo, aponta a prática de 215 crimes de estelionato e formação de organização criminosa. Os quatro advogados denunciados também foram enquadrados por patrocínio infiel, crime que envolve a traição do dever profissional em prejuízo do cliente.
A investigação que desvendou o esquema deu origem à Operação Entre Lobos, deflagrada em 22 de julho pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), com apoio da Polícia Civil. A ação resultou no cumprimento de 13 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão. Durante a operação, foram apreendidos R$ 115,7 mil em dinheiro, além de 6,7 mil dólares e euros, sete veículos e duas armas.
Como funcionava o golpe
A organização criminosa era altamente estruturada, com uma clara divisão de tarefas em cinco núcleos:
Liderança e Estratégia: Planejava o esquema e controlava o fluxo financeiro.
Operacional e Financeiro: Gerenciava pagamentos e a movimentação de recursos.
Jurídico e Administrativo: Dava aparência de legalidade aos processos e formalizava a representação das vítimas.
Empresarial: Utilizava empresas de fachada, como Ativa Precatórios e BrasilMais Precatórios, para simular as cessões de crédito.
Captação: Abordava os idosos diretamente ou por meio de um site de fachada do IDAP (Instituto de Defesa do Aposentado e Pensionista).
O golpe consistia em convencer aposentados a assinar contratos de cessão de crédito judicial por valores simbólicos, que eram irrisórios em comparação ao valor real do benefício. Em um dos casos, uma vítima com direito a R$ 146 mil recebeu apenas R$ 2.500. A estimativa é que as vítimas tenham recebido menos de 10% do valor total, enquanto a organização movimentou mais de R$ 6 milhões.
Vítimas podem denunciar
Após a deflagração da operação, outras 274 pessoas já procuraram o Ministério Público e a Polícia Civil relatando suspeitas de terem sido lesadas. O promotor de Justiça Edisson de Melo Menezes reforça a importância de que todas as vítimas se manifestem para que a investigação possa dimensionar o alcance dos crimes e garantir a responsabilização dos envolvidos.
Se você ou alguém que você conhece se identifica como vítima do esquema, é possível fazer a denúncia através dos seguintes canais:
Promotoria de Justiça da Comarca de Modelo (WhatsApp): (49) 99200-7462
E-mail: ouvidoria@mpsc.mp.br
Telefone: (48) 3229-9306 ou 127
ND+
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