A farmacêutica brasileira EMS anunciou nesta semana que lançará em agosto deste ano, a primeira caneta injetável contra obesidade com produção 100% nacional. Batizado de Olire, o medicamento tem como princípio ativo a liraglutida e representa um avanço tecnológico no mercado brasileiro. Além dele, a empresa também lançará o Lirux, indicado para o controle de diabetes tipo 2.
Segundo a EMS, os medicamentos são os primeiros semelhantes do hormônio GLP-1 desenvolvidos e produzidos no Brasil e aprovados pela Anvisa. Apesar de conterem um ingrediente ativo já conhecido, os novos produtos não são classificados como genéricos, e sim como medicamentos desenvolvidos com tecnologia exclusiva.
A previsão da empresa é produzir cerca de 200 mil unidades das canetas Olire e Lirux ainda em 2025, com mais de 500 mil unidades disponíveis ao longo de um ano. Para 2026, a EMS já planeja o lançamento de canetas contendo semaglutida, cuja patente expirará no Brasil.
Em abril, a Anvisa determinou que as canetas para controle de diabetes como Ozempic e Wegovy deveriam ser vendidas apenas com receita médica. Entretanto, conforme o Conselho Federal de Farmácia, as novas regras passarão a valer a partir do dia 23 de junho deste ano.
Como funciona
De acordo com a fabricante, o Olire, indicado para o tratamento da obesidade, atua na regulação do apetite e contribui para a melhora de marcadores cardiovasculares. O Lirux, por sua vez, é destinado ao tratamento do diabetes tipo 2. Ambos devem ser administrados uma vez ao dia por via subcutânea, no abdômen, coxa ou braço, e são independentes das refeições.
A EMS informou que os novos medicamentos terão preço de tabela entre 10% e 20% mais baixos do que marcas de referência, buscando ampliar o acesso desse tipo de terapia para mais pessoas.
Oeste Mais