O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de Santa Catarina, já registrou mais de 2,6 mil chamadas relacionadas a tentativas de suicídio, somente neste ano de 2024.
Conforme os dados apresentados pelo órgão nesta quarta-feira, dia 18, foram 2.645 chamadas em todo o estado. Destas, em 1.840 casos, as ambulâncias foram enviadas para prestar socorro imediato e especializado.
O Samu ressalta que a grande maioria das vítimas atendidas são jovens e reforça a necessidade do cuidado de saúde mental entre as crianças e adolescentes.A faixa etária das vítimas está entre 13 e acima de 60 anos, mas o maior número de tentativas de suicídio é de pessoas entre 20 a 39 anos.
“As centrais do SAMU estão preparadas para atender chamadas de pessoas em sofrimento psíquico ou que estejam colocando suas vidas em risco”, mencionou a central nas redes sociais.O Samu disponibiliza o número de emergência 192, para que as pessoas procurem ajuda quando necessário.
O mês de setembro é voltado para o mês de prevenção ao suicídio, conhecido como Setembro Amarelo. Neste ano, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens, em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
