Santa Catarina foi o segundo estado do Brasil, atrás de São Paulo, a gerar mais empregos de carteira assinada no primeiro bimestre de 2022, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nesse período, foram 287.501 contratações e 235.595 desligamento, o que resulta em um saldo positivo de 51.906.
Entre as 20 cidades catarinenses que mais geraram empregos, o destaque vai para Joinville, no Norte, e Blumenau, no Vale do Itajaí. As duas entraram também para a lista de 10 municípios que mais criaram vagas com carteira assinada em 2022.
As duas cidades tiveram saldo positivo no primeiro bimestre de 2022 de 4.187 vagas criadas no município do Norte e 4.168 no do Vale do Itajaí. Em Santa Catarina, mais de 80% das cidades tiveram mais contratações do que demissões, conforme o governo estadual.
Veja lista com os 20 primeiros colocados:
- Joinville - saldo de 4.187
- Blumenau - saldo de 4.168
- Itajaí, no Litoral Norte - saldo de 2.664
- Itapema, no Litoral Norte - saldo de 2.405
- Florianópolis - saldo de 2.144
- Chapecó, no Oeste - saldo de 1.965
- Fraiburgo, no Oeste - saldo de 1.386
- Jaraguá do Sul, no Norte - saldo de 1.344
- Palhoça, na Grande Florianópolis - saldo de 1.144
- Criciúma, no Sul - saldo de 1.019
- Gaspar, no Vale do Itajaí - saldo de 971
- Rio do Sul, no Vale do Itajaí - saldo de 970
- Caçador, no Oeste - saldo de 948
- São João Batista, na Grande Florianópolis - saldo de 866
- Concórdia, no Oeste - saldo de 818
- Araranguá, no Sul - saldo de 752
- Lages, na Serra - saldo de 735
- Monte Carlo, no Oeste - saldo de 670
- Videira, no Oeste - saldo de 657
- Brusque, no Vale do Itajaí - saldo de 650
Setores
De acordo com o Caged, o setor de serviços foi o destaque na geração de empregos neste primeiro bimestre do ano. O comércio foi o único a ter mais demissões do que contratações.
Joinville, Blumenau, Itajaí, Itapema e Florianópolis aparecem na liderança estadual dos empregos formais. Segundo Victor Hugo Azevedo Nass, pesquisador do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat), nas cinco cidades, o setor de serviços representa 20% de todo o saldo estadual no bimestre. "Destacam-se as atividades de seleção, agenciamento e locação de mão de obra e a administração pública", comenta
Dentro do setor de serviços, o destaque foi para a limpeza em prédios e domicílios, que teve saldo de 8.448 vagas.
Na indústria, as fábricas que mais criaram empregos foram as do segmento de confecção de roupas e calçados, com saldo de 14.989.
Na construção, o destaque foram os edifícios, com saldo de 3.750. Na agropecuária, o cultivo de maçã gerou saldo positivo de 3.238 vagas. O comércio varejistas foi o que mais perdeu postos nestes dois primeiros meses do ano.
Recorte específico
O pesquisador do Necat ressalta que os números divulgados pelo Estado refletem um recorte temporal específico.
"Se somarmos o saldo desde dezembro, o estado cai para a 7ª posição; e somando ainda o saldo acumulado desde novembro, também nos mantemos na mesma posição", comenta.
Nass explica que os dados que colocam Santa Catarina como o segundo maior gerador de empregos formais do país tem mais a ver com as reestruturações das empresas do que uma expansão consolidada do emprego formal.
"Em dezembro surgem saldos muito baixos e em janeiro e fevereiro mais altos, mas que se somados, quase se anulam", destaca.
Informações G1