A 36ª edição da campanha Papai Noel dos Correios encerrou nesta semana com todas as 300 mil cartas para adoção atendidas. Do total, 250 mil foram adotadas pela sociedade e por entidades públicas e privadas. Na reta final, a Receita Federal do Brasil (RFB) reforçou a ação com a doação de 50 mil kits contendo itens infantis e brinquedos.
A iniciativa contemplou pedidos de estudantes da rede pública (até o 5º ano do ensino fundamental) e de instituições parceiras, como creches, abrigos e núcleos socioeducativos. Também foram atendidas cartas de crianças em situação de vulnerabilidade social com até 10 anos, além de pessoas com deficiência de qualquer idade. Cerca de 6 mil cartas enviadas por jovens acolhidos em unidades vinculadas ao Conselho Nacional de Justiça também foram atendidas.
A campanha mobiliza secretarias de educação, padrinhos, sociedade e funcionários dos Correios para transformar sonhos em realidade. Em mais de três décadas, quase 7 milhões de cartinhas foram atendidas.
Pedidos diferentes
Os pedidos mais comuns foram bonecas, carrinhos, bicicletas e material escolar. Mas também houve histórias emocionantes. Otávio, de 6 anos, de Valparaíso (GO), pediu uma bolsa de estudos para ingressar em uma nova escola.
“Sou aluno destaque e amo estudar, mas a escola faz greve e isso me deixa triste”, escreveu. Uma instituição renomada do município atendeu ao pedido, oferecendo bolsa integral, uniforme e material escolar.
No Distrito Federal, Francisca Larissa, de 15 anos, diagnos01ticada com paralisia cerebral, pediu uma cadeira de rodas motorizada. Um grupo de voluntários de uma empresa abraçou a causa e realizou o sonho. No Rio de Janeiro, Giovanna, de 5 anos, pediu um sensor de glicose para monitorar a diabetes “sem tantas picadas”.
Entregas especiais
Além das adoções, a campanha promoveu encontros festivos com o "Bom Velhinho" em comunidades impactadas por tragédias ou em situação de vulnerabilidade.
Em Rio Bonito do Iguaçu (PR), cidade devastada pelo tornado em novembro, cerca de 1,1 mil crianças receberam presentes. No Tocantins, as entregas ocorreram em comunidades quilombolas e aldeias indígenas. No Ceará, 450 crianças indígenas de 14 escolas também foram atendidas.
Oeste Mais
