Durante uma consulta em uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba, a manicure Maria Aparecida Ferreira dos Santos teve uma surpresa: descobriu que havia sido declarada morta. Segundo a certidão de óbito, a morte teria ocorrido em Paranavaí, no noroeste do Paraná, no dia 26 de junho de 2025. O documento traz dados pessoais da mulher, como nome dos pais e CPF. Maria Aparecida afirma que nunca esteve na cidade.
O equívoco tem causado diversos transtornos. O banco em que possui conta enviou mensagens aos familiares lamentando a morte e comunicando o encerramento da conta em 30 dias. “É uma situação ridícula. Você conta para as pessoas e elas não acreditam. Dizem que é só ir à Receita arrumar, mas não é, é grave. Está na polícia, tem atestado de óbito, alguém foi enterrado”, desabafa a manicure.
A Polícia Civil investiga o caso. De acordo com o delegado Diego Antunes, a principal hipótese é que outra pessoa com o mesmo nome tenha morrido na Santa Casa de Paranavaí. Em algum momento do processo de registro da morte, os dados de Maria Aparecida foram cadastrados erroneamente. A corporação apura exatamente quando ocorreu o erro.
A Receita Federal informou que existe norma que permite alterar a situação cadastral de "titular falecido" para "regular" quando há erro na informação do óbito.
Anderson Sommer / Portal Tri com informações G1
