O governo de Javier Milei saiu vitorioso nas eleições legislativas argentinas, um teste para os dois anos restantes de mandato. Segundo informações publicadas pelo jornal La Nacion, o partido LLA (La Libertad Avanza) obteve 40,84% dos votos, superando as expectativas e conquistando vitórias em 13 distritos — entre eles Cidade de Buenos Aires, Mendoza, Santa Fé, Córdoba e Entre Ríos.
Na província de Buenos Aires, reduto peronista que representa 38% do eleitorado nacional, a disputa segue acirrada, mas a coalizão libertária reduziu significativamente a diferença registrada nas eleições locais de setembro.
A candidatura de Patricia Bullrich ao Senado garantiu mais de 50% dos votos na capital, onde o LLA concorreu aliado ao Pro, partido que governa a cidade desde 2007. Já o Fuerza Patria, principal força peronista, perdeu terreno em Buenos Aires, reacendendo a disputa interna entre Cristina Kirchner e Axel Kicillof pela liderança da oposição.
A terceira via, Provincias Unidas, formada por seis governadores, não conseguiu romper a polarização e ficou com 7,13% dos votos, vencendo apenas em Corrientes, com Gustavo Valdés. Ainda segundo o La Naciona, a Frente de Esquerda terminou em quarto lugar, com cerca de 4%.
Com os novos resultados, o partido governista ampliará sua representação no Congresso: no Senado, terá 13 cadeiras, e na Câmara dos Deputados, chegará a 64, o que pode garantir força para sustentar vetos e negociar quórum em futuras reformas.
A eleição também marcou a estreia do voto único em papel, elogiado pela agilidade do processo, embora os votos nulos tenham subido para 2,3%. A participação eleitoral foi de 68%, abaixo dos níveis de 2021 e 2023.
