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Voluntário beltronense na guerra da Ucrânia denuncia violação de acordo e teme pela própria vida

“Tô fazendo esses stories pra deixar registrado tudo o que tá acontecendo. Se eu sumir, se algo acontecer comigo, vocês já sabem. E quero que outros brasileiros não passem pelo que eu tô passando.”

Voluntário beltronense na guerra da Ucrânia denuncia violação de acordo e teme pela própria vida
Foto: Reprodução / Instagram by_lucasz

O jovem beltronense Lucas Felype, que em julho deste ano ganhou repercussão ao relatar sua decisão de abandonar a vida no Brasil para atuar como voluntário na guerra da Ucrânia, voltou a se pronunciar nesta sexta-feira (25) por meio das redes sociais. Em uma sequência de stories publicada em seu perfil, Lucas denunciou que está sendo forçado a atuar como soldado de infantaria em regiões de combate intenso, contrariando totalmente o que havia sido prometido antes de sua chegada ao país.

“Eu vim pra Ucrânia como voluntário, com a promessa de trabalhar com tecnologia militar, principalmente na área de drones. Essa sempre foi a minha intenção. Ajudar, mas de forma técnica”, iniciou o relato. “Mas desde que cheguei aqui, tudo mudou. Eles tão empurrando aos poucos pra funções de infantaria, e agora me mandaram pra Kharkiv, uma região de intenso combate militar.”

Segundo Lucas, a justificativa oficial seria um “treinamento”, mas ele afirma não acreditar mais nessa versão. “Estão colocando uma arma na minha mão e me levando pra uma zona de guerra sem meu consentimento. Isso nunca foi o combinado. Eu me sinto literalmente enganado.”

No relato emocionado, Lucas revela que procurou apoio da embaixada brasileira, mas que a resposta recebida foi desanimadora: “Disseram que não podem fazer nada, e que eu tenho que resolver sozinho com o exército ucraniano. Eu tô sozinho no meio de uma guerra.”

A publicação termina com um apelo: “Tô fazendo esses stories pra deixar registrado tudo o que tá acontecendo. Se eu sumir, se algo acontecer comigo, vocês já sabem. E quero que outros brasileiros não passem pelo que eu tô passando.”

Lucas chegou à Ucrânia após vender seus pertences e levantar cerca de R$ 25 mil para custear a viagem e os equipamentos. Ele foi aceito na Legião Internacional, grupo de estrangeiros que atuam ao lado das forças ucranianas. Inicialmente, seu contrato previa três meses de treinamento e, posteriormente, atuação com pagamento em moeda local. No entanto, segundo o próprio jovem, as condições e as funções designadas na prática destoam do que havia sido prometido.

Até o momento, não há novo posicionamento oficial por parte da embaixada brasileira ou das autoridades ucranianas sobre o caso.

Lucas segue em território ucraniano, agora lotado em Kharkiv, uma das regiões mais afetadas pelos ataques russos nas últimas semanas.

Maiara Valdameri / Portal de Beltrão

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