A polêmica envolvendo o padre Fábio de Melo, que levou à demissão do gerente de uma cafeteria em Joinville - SC, no mês passado, ganhou novos desdobramentos. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, um bispo catarinense denunciou o religioso ao Vaticano.
A queixa teria sido registrada na Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por apurar denúncias contra religiosos. A motivação da denúncia foi a suposta falta de uma atitude cristã por parte do padre Fábio. Embora o caso não envolva consequências graves para o religioso, a denúncia pode deixar seu registro “manchado”.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) informou que não tem conhecimento sobre a informação. Fábio de Mello ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.
Repercussão nas redes sociais
O caso voltou a ganhar destaque na internet nesta quarta-feira, 18, quando internautas passaram a comentar amplamente sobre a denúncia contra o padre Fábio de Melo. Nas redes sociais, opiniões diversas foram expressas.
“Finalmente alguém fez alguma coisa com esse padre de festa junina”, comentou uma internauta. “O ego do padre falou mais alto. Agora que aguente as consequências”, disse outro usuário.
Relembre o caso
A polêmica teve início quando, durante uma visita a uma cafeteria em sua passagem por Joinville, o padre Fábio de Melo pegou dois potes de doce de leite sem açúcar com o preço marcado na prateleira. No caixa, porém, o valor cobrado era superior.
“Disse muito educadamente que a soma estava errada. A funcionária foi verificar e confirmou que havia um erro”, contou o padre na época do ocorrido. “O gerente já se adiantou em ser extremamente deselegante, dizendo: ‘O preço está errado e, se quiser levar, o preço certo é este’”.
O padre afirmou que não criou caso, mas aproveitou a situação para lembrar que o valor anunciado deve ser respeitado. “O que mais me assusta é a prepotência. A menina do caixa foi extremamente educada. O gerente dela que veio com aquele tom de ‘sou dono de tudo aqui’”.
Ex-funcionário processa padre Fábio de Melo e empresa
No final de maio, após ser demitido pela loja, Jair José Aguiar da Rosa resolveu processar o religioso e a empresa devido à divulgação do caso. A informação foi confirmada pelo Sitratuh (Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares), por meio do Instagram.
“Estou sendo exposto em todo o país”, afirmou Jair José Aguiar da Rosa, na época do ocorrido. Segundo o ex-funcionário, ele não teve contato direto com o padre e soube do seu desligamento pelas redes sociais. Além disso, Jair afirmou que recebeu ofensas e não conseguia sair na rua.
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