O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer tratamento com donepezila para pessoas com quadro grave de Alzheimer, a partir desta quinta-feira, dia 15.
Até então, o medicamento - que ajuda a preservar as funções cognitivas e a capacidade funcional - era disponibilizado apenas para pessoas com formas leves ou moderadas da doença.
Para o tratamento, o paciente poderá usar a donepezila em conjunto ou não com a memantina, medicamento já disponibilizado pelo SUS. Em 2023, mais de 58 mil pessoas utilizaram a donepezila de forma combinada, segundo dados da pasta extraídos da Sala Aberta de Situação de Inteligência em Saúde (Sabeis). O cuidado contínuo por meio desses medicamentos auxilia na redução de sintomas da doença, como confusão mental, apatia e alterações de comportamento nos pacientes.
A demanda para ampliação da donepezila é do próprio Ministério da Saúde, que, durante o processo de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença de Alzheimer, identificou a necessidade de uma assistência cada vez mais presente nos serviços de saúde do país. A estimativa da pasta é que, no primeiro ano da oferta, cerca de 10 mil pessoas sejam beneficiadas.
Donepezila melhora sintomas
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva, que atinge a memória, o comportamento e a autonomia das pessoas. Embora não tenha cura, o tratamento pode contribuir para redução do ritmo da perda de capacidades e proporcionar uma melhor qualidade de vida a quem convive com a doença. Nos estágios graves, o cuidado precisa ser ainda mais presente e o acesso a medicamentos eficazes se torna um aliado fundamental.
Os estudos apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão colegiado responsável por assessorar o Ministério da Saúde nas decisões de incorporação e exclusão de uma tecnologia no SUS, apontam que a continuidade do uso da donepezila pode melhorar sintomas como agitação, apatia e confusão, além de adiar a necessidade de institucionalização.
Oeste Mais