Estatísticas apontam que a curva da inadimplência começa a recuar no Brasil e também em Santa Catarina. Segundo levantamento da Serasa, no mês de junho, O Estado tinha 2.151.713 consumidores inadimplentes, o que significa um recuo de -0,17% na comparação com o mês anterior, maio, quando eram 2.155.448. De um mês para outro, saíram da lista de devedores 3.735 pessoas. SC se manteve como o segundo estado com menor percentual de adultos endividados, 37,14%, perdendo só pelo Piauí, que teve 36,18%.
O Brasil fechou junho com 43,78% da população adulta com dívidas, segundo a Serasa. O país teve recuo maior que SC no número de inadimplentes. Eram 71,9 milhões de devedores em maio, frente a 71,45 milhões em junho, o que significa uma queda de -0,63%. Ao todo, saíra das listas de devedores 450 mil brasileiros adultos em junho.
Em Santa Catarina, no mês de junho, a soma das dívidas em atraso chegou a R$ 14,6 bilhões, valor muito próximo do registrado no mês anterior.
No Estado, segundo a Serasa, o total de endividados e o volume de dívidas seguiu proporção do tamanho das cidades, isto é, as maiores, tiveram mais devedores. Joinville liderou em junho, com 210.494 pessoas endividadas e valor total de dívida de R$ 1,4 bilhão.
Em segundo lugar veio Florianópolis com 161.425 endividados e débitos totais de R$ 1,1 bilhão. Blumenau ficou em terceiro lugar com 115.744 de pessoas na lista de negativadas e dívidas de R$ 825,06 milhões, seguido por Itajaí em quarto com 98.458 devedores e dívidas somadas de R$ 617,6 milhões. Chapecó finaliza a lista dos cinco municípios com mais devedores, somando 70.073 inadimplentes e débitos de R$ 535,05 milhões.
Densenrola trará redução maior
A estatística deste mês de julho já vai chegar com números bem menores, em função do impacto do Programa Desenrola, que tirou no começo desta semana cerca de 1,5 milhão de pessoas de listas de devedores bancários. Além disso, também na última segunda-feira, dia 17 de julho, os bancos iniciaram a renegociação de dívidas com clientes, também pelo programa Desenrola.
O início da redução de endividamento em junho está ligado ao maior controle da inflação e, também à dsiciplina das famílias, que passadram a comprar menos para poder pagar dívidas.
NSC / Estela Benetti
