Um médico foi condenado a 30 anos de prisão pela morte de uma paciente em Campo Alegre, no Planalto Norte de Santa Catarina. O caso ocorreu em dezembro de 2012, quando o profissional, que atuava pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cobrou por um procedimento que deveria ser gratuito.
Segundo o Ministério Público, a paciente buscou atendimento no hospital da cidade durante a madrugada e recebeu, inicialmente, soro intravenoso. Horas depois, o médico aplicou uma infiltração na perna da mulher, mesmo sabendo que o problema de saúde era outro. O procedimento, feito sem técnica adequada, sem registro no prontuário e sem acompanhamento de enfermagem, resultou em contaminação por bactérias.
Mesmo com fortes dores e dormência, a paciente foi mandada para casa. Ela retornou ao hospital mais de uma vez, mas só foi encaminhada a outra unidade após ser atendida por outro médico. Em estado grave, acabou morrendo no dia 18 de dezembro, vítima de infecção generalizada.
Treze anos depois, o profissional foi julgado pelo Tribunal do Júri em São Bento do Sul e condenado por homicídio com dolo eventual qualificado por motivo torpe. A pena deverá ser cumprida em regime inicial fechado.
NSC