No bairro Jacob Maran, em Dionísio Cerqueira, o Dia dos Pais ganhou outro sabor. Não foi almoço requintado, nem presente embrulhado com laço. Foi um cachorro-quente simples, preparado com carinho, que reuniu crianças, famílias e vizinhos em um momento de confraternização.
O pouco que se tinha foi repartido. E o lanche, mais do que alimento, tornou-se partilha, afeto e um gesto de solidariedade. Um domingo em que o amor foi servido no pão, temperado com gratidão.
“Mais de vinte anos que moro aqui”, contou emocionado Jeferson, morador antigo do bairro. Ele carrega a marca da luta e da fé: trabalhou na roça com o pai, enfrentou a doença e viu a cura chegar como promessa cumprida. “Graças ao bom Deus, meu pai se curou e eu resolvi fazer hoje o Dia dos Pais. Muita gente tem vontade de comer um cachorro-quente e não tem condições. As crianças estavam felizes, comendo e tomando guaraná”, disse.
No fim, o bairro não ganhou apenas um cachorro-quente. Ganhou um dia de esperança, de reencontro e de prova viva de que, quando o pouco se reparte, ele se multiplica. Foi um domingo simples mas que ficará para sempre na memória.
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