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Morre Arlindo Cruz, ícone do samba

Autor de sambas memoráveis, o músico estava afastado dos palcos desde 2017, quando sofreu um AVC

Morre Arlindo Cruz, ícone do samba
Foto: Divulgação

O sambista Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. A família confirmou a informação nas redes sociais. O artista estava afastado da cena musical desde 2017, quando sofreu um AVC durante o banho, que o deixou com sequelas motoras e cognitivas. Ele deixa três filhos: Arlindinho e Flora Cruz, do casamento com Babi Cruz, e Kauan Felipe, fruto da relação com Sandra Vieira.

No comunicado, familiares e equipe destacaram: “Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho”.

Trajetória no samba

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu e foi criado em Piedade, bairro do subúrbio do Rio. Influenciado pelo pai, Arlindão, teve contato cedo com nomes como Candeia e começou a tocar cavaquinho aos 6 anos. Seu primeiro trabalho profissional foi aos 17, no disco Roda de Samba, de Candeia, em 1975.

Nos anos 1970, foi um dos fundadores da roda de samba do Bloco Cacique de Ramos, ao lado de Jorge Aragão, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Marquinhos Satã, Luiz Carlos da Vila, Sombrinha e Jovelina Pérola Negra. Apadrinhado por Beth Carvalho, se consolidou como partideiro e introduziu o banjo no samba.

Em 1982, passou a integrar o grupo Fundo de Quintal, com o qual gravou dez álbuns, entre eles Nos Pagodes da Vida (1983), Seja Sambista Também (1984) e O Mapa da Mina (1986). Na década de 1990, seguiu carreira solo, lançando discos como Arlindinho (1993) e formando, com Sombrinha, uma parceria de sucesso em álbuns como O Samba É a Nossa Cara (1997).

Segundo o Ecad, sua obra reúne 795 músicas. Entre elas, composições que ficaram conhecidas nas vozes de outros artistas, como Boto Meu Povo na Rua (Mart’nália) e Alto Lá (Zeca Pagodinho).

No Carnaval

Em 1986, entrou para a Ala dos Compositores do Império Serrano. Assinou sambas-enredo como Jorge Amado, Axé Brasil (1989) e O Tempo Não Para (1995). Também compôs para Vila Isabel, Grande Rio e Leão de Nova Iguaçu. Seu último samba-enredo foi Silas Canta Serrinha, para o Império Serrano, em 2016. No Carnaval de 2023, foi homenageado pela escola com o enredo Lugares de Arlindo, desfilando no último carro junto de Babi Cruz, sua esposa por 35 anos.

Despedida

O AVC sofrido em 2017 interrompeu sua carreira e levou a várias internações nos anos seguintes. Arlindo Cruz deixa um legado imortal no samba, com melodias marcantes, letras poéticas e um papel fundamental na preservação e inovação do gênero.

O Globo

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