Ele tem quatro meses e nasceu com uma malformação chamada Mão Torta Radial. Não tem os ossos do antebraço, que provocam desvio nos punhos deixando a mão torta, e também não tem os dois polegares.
A mãe dele, Adriana Campos, conversou com a Rádio Integração e explicou que fez todas as consultas do pré-natal, inclusive os exames indicados como a ultrassonagrafia morfológica, mas somente descobriu a malformação quando o filho nasceu. Os médicos relataram que a causa pode ser genética.
De lá para cá, ela e o marido, Vitor Rohde, foram em busca de tratamento especializado. A primeira consulta, a partir de um encaminhamento do SUS (Sistema Único de Saúde), somente aconteceu três meses depois, com um ortopedista pediátrico em Chapecó, que não deu um bom prognóstico para o caso.
Mas, Adriana não ficou satisfeita. Ao chegar em casa passou a fazer pesquisas na internet para identificar casos semelhantes e possíveis tratamentos. Foi então que ela encontrou o Instituto da Mão da capital gaúcha, Porto Alegre, e o médico Ricardo Kaempf de Oliveira.
"Entramos em contato e o médico de lá nos disse que tem sim tratamento, que precisa fazer cirurgia, mas antes é preciso usar órteses. Elas servem para esticar a pele e deixar as mãos retas, preparando para as duas cirurgias de centralização do único osso que ele tem em cada braço e para as outras duas cirurgias que transformarão o dedo indicador em polegar, para facilidade dele ao pegar as coisas", detalha a mãe.
Ela ressalta que o tratamento exige idas a Porto Alegre a cada dois meses para a confecção das órteses e o acompanhamento da evolução do quadro, antes das quatro cirurgias que devem ser realizadas a partir do momento que Augusto tiver um ano de idade. Todo tratamento é particular.
"Essa é uma ação que precisa ser iniciada logo que a criança nasce, quando começa a fase de crescimento. Já perdemos três meses, não podemos esperar mais tempo para conseguir uma nova consulta, novos encaminhamentos pelo SUS, até encontrar outro profissional que trate esse tipo de malformação congênita", relata Adriana.
Diante disso, e do custo dos procedimentos estimados em cerca de R$ 80 mil, ela explica que a família decidiu dar continuidade ao tratamento imediato, ainda que para isso vá precisar do auxílio da comunidade.
Para arrecadar os recursos necessários, eles solicitaram um alvará judicial e lançaram a campanha pelas redes sociais há cerca de uma semana.
As pessoas podem contribuir fazendo doações por meio de uma conta bancária em nome de Augusto da Silva Rohde, no banco Sicredi.
Também, por meio do troco solidário, implantado em alguns locais do comércio de São José do Cedro, e comprando números de uma rifa que está sendo comercializada ao valor de R$ 10,00 o número.
Ainda, o Lions e o LEO Clube, junto com o Grupo de Casais Cedrense, estão organizando um Pedágio Solidário para este mês na cidade, em data e local a serem divulgados...
Adriana Campos e Vitor Rohde solicitam a solidariedade das pessoas, adiantam que será feita prestação de contas sobre a arrecadação e orientam quem quiser conhecer seu filho, e saber as formas de ajudar na campanha, a curtir as páginas do Facebook e Instagram chamadas: Pequeno Augusto.
"Pedimos que as pessoas colaborem e compartilhem as informações para que possamos arrecadar todo o valor necessário para o tratamento e a melhoria da qualidade de vida dele", finalizou a mãe do menino.
Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal e Rádio Integração
