O Paraná é referência em captação e transplante de órgãos no país. Em 2025, até o mês de novembro, o Estado realizou 1.715 transplantes. De acordo com o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), foram realizados 410 transplantes de rim, 264 de fígado, 29 de coração, 8 de pâncreas/rim, 4 de fígado/rim e mil transplantes de córnea.
Em 11 meses de 2025, o Estado contabilizou 425 doações efetivas de órgãos, que permitiram a realização dos procedimentos e até mesmo o envio de órgãos para que a cirurgia fosse realizada em outros estados. Com uma doação, pode ser captado até 8 órgãos e tecidos, como pele, ossos e córneas, garantindo assim a chance de vida para inúmeras pessoas.
O SET/PR está estruturado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em quatro unidades regionais: as Organizações de Procura de Órgãos – OPOs localizadas em Londrina, Maringá, Cascavel e Curitiba que trabalham na busca de órgãos em 70 hospitais notificantes.
“O Paraná tem uma rede de captação de órgãos, transporte e realização de transplante muito eficaz, o que garante ao Estado a eficiência nesses procedimentos", destaca o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. "Nosso Sistema Estadual de Transplantes trabalha integrado, são 34 equipes transplantadores de órgãos e 72 de tecidos, além dos nossos laboratórios. São cerca de 700 profissionais envolvidos em todo o processo”, enfatiza o secretário.
Segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado pela da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado realizou ainda, até o mês de setembro, 325 transplantes de medula óssea.
REFERÊNCIA – Em 2024, de acordo com o RBT, o Paraná foi o Estado com o maior número de doadores de órgãos por milhão de população (pmp), alcançando uma média 42,3 pmp, número muito superior à média brasileira que foi de 19,2 pmp.
Os dados parciais de 2025, abrangendo os nove primeiros meses do ano no relatório da ABTO, apontam que o Paraná ocupava até aquele período a segunda colocação com 39,7 pmp, ficando atrás de Santa Catarina, com 43,7 pmp. Os dados do Sistema Estadual de Transplantes até novembro apontam uma elevação, com um índice de 40,5 pmp. O Paraná tem o dobro de doadores da média brasileira, que é de 20,2 pmp.
CAPTAÇÃO – Em 2025, o Hospital Regional de Ivaiporã e o Hospital de Francisco Beltrão realizaram pela primeira vez uma captação múltipla de órgãos e tecidos para transplantes.
“A captação foi possível com o auxílio e o comprometimento da equipe multiprofissional dos hospitais, o apoio da OPO e da Central de Transplantes e o empenho das equipes envolvidas, que são qualificadas e dedicadas e conduzem cada etapa com ética, sensibilidade e profundo respeito por todos os envolvidos”, ressalta o secretário Beto Preto.
Em Ivaiporã, foram coletados rins e córneas, já em Francisco Beltrão, a captação envolveu fígado e rins. A captação dos órgãos só ocorre depois da autorização da família, em um processo que envolve acolhimento e entrevistas feitas por pessoal altamente capacitado para essa ação. Mesmo que o doador demonstre seu desejo em vida, é a família que dará a autorização para a doação.
No Paraná, a abordagem profissional e humanizada tem se mostrado mais eficaz quando comparada a outros estados, o que garantiu ao estado a menor taxa de recusa familiar do País em 2024: apenas 28%, comparada à média nacional de 46%. Os dados parciais de 2025 mantêm o Paraná com a menor taxa de recusa, ao lado de Santa Catarina, com 30%. A média nacional é de 45%.
AEN
