O sorriso no rosto de Karina hoje é resultado de muita força e luta. Ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama aos 29 anos, mesmo sem nenhum histórico familiar da doença.
A história dela faz parte de uma estatística preocupante. De acordo com a Organização Mundial da Saúde e a American Cancer Society, nas últimas três décadas, o número de casos de câncer em pacientes abaixo dos 50 anos aumentou 79% .
Para a diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, esse crescimento está relacionado, principalmente, a diagnósticos tardios.
Casos famosos
A morte da campeã brasileira de ginástica Isabelle Marciniak, de apenas 18 anos, trouxe um alerta às autoridades. A jovem lutava contra um linfoma de Hodgkin, um câncer que ataca o sistema linfático e afeta as células responsáveis pela proteção do corpo. A atleta paranaense era considerada uma promessa do esporte olímpico brasileiro.
Isabelle não é a única figura conhecida jovem a enfrentar a doença. A princesa Kate Middleton desenvolveu um câncer na região abdominal aos 43 anos. Já a cantora brasileira Preta Gil descobriu um câncer colorretal e, após dois anos de tratamento, morreu em julho deste ano.
Diante desse cenário, especialistas passaram a investigar o que poderia estar levando a esse aumento de casos entre pessoas abaixo dos 50 anos. Ainda não há uma resposta definitiva. No entanto, estudos indicam que o fenômeno pode estar relacionado ao estilo de vida dos jovens, em uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer projeta cerca de 704 mil casos por ano. Um número expressivo, que levanta questionamentos sobre a capacidade do sistema público de saúde em oferecer tantos tratamentos.
“O câncer tem cura, sim. Importante não ignorar sintomas, nunca. É ficar de olho nos exames periódicos e tomar as vacinas”, reforça a especialista.
Para quem enfrenta tão cedo uma doença dessa magnitude, o apoio e a persistência fazem a diferença. Hoje, Karina está curada.
A foto do início do tratamento contrasta com a realidade atual. O filho, que tinha apenas um ano, hoje já está mais alto do que a mãe. Nesse meio tempo, a família cresceu.
“Eu venci o câncer. Não pode desistir, tem que ter fé. Eu estou aqui”, afirma.
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