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Gastos de final de ano: saiba como evitar o endividamento pós-Natal

Educação financeira e organização familiar podem transformar as festas de fim de ano em aprendizado e equilíbrio no orçamento.

Gastos de final de ano: saiba como evitar o endividamento pós-Natal
Foto: Freepik

Com a chegada do Natal e do fim de ano, o calendário de datas comemorativas costuma pressionar o orçamento das famílias. Presentes para parentes, amigos secretos, confraternizações, roupas novas e outros gastos típicos do período acabam se acumulando, muitas vezes impulsionados pelo recebimento do décimo terceiro salário. O resultado, para muitas pessoas, é o aumento do endividamento e a dificuldade de reorganizar as finanças nos primeiros meses do ano seguinte.

Para evitar essa situação, a economista Jhenifer dos Santos, CEO da Educoin, plataforma brasileira de educação financeira escolar, propõe uma abordagem diferente: transformar o Natal em um momento de aprendizado, cooperação e consciência financeira dentro de casa.

Segundo a especialista, lidar com dinheiro não precisa ser algo técnico ou desgastante. A proposta é utilizar a chamada “Metodologia do Futuro”, que aposta na gamificação e na transparência para envolver toda a família -inclusive as crianças - nas decisões financeiras.

Tornar o dinheiro visível para toda a família

Uma das principais causas do descontrole financeiro, especialmente no Natal, é a abstração do gasto no cartão de crédito. Para combater isso, a Educoin sugere transformar o orçamento das festas em algo concreto. A família pode definir um valor máximo para os gastos e colocá-lo em um recipiente transparente ou representá-lo visualmente em um quadro ou cartaz.

A cada nova compra, o valor deve ser retirado desse “cofre” diante de todos. A visualização do dinheiro diminuindo estimula o senso de cooperação e ajuda adultos e crianças a refletirem sobre prioridades, sem a necessidade de discursos técnicos sobre economia.

Envolver as crianças nas decisões de compra

Em vez de afastar os filhos das compras por medo de estresse ou excesso de pedidos, a proposta é incluí-los no processo. Uma das ideias apresentada por Jhenifer é estabelecer um orçamento fixo para que a criança escolha o presente de um amigo secreto ou de um parente.

Com um valor definido, a criança passa a pesquisar, comparar preços e pensar no custo-benefício, desenvolvendo autonomia e responsabilidade. A lógica deixa de ser “quero o mais caro” e passa a ser “como montar a melhor opção dentro do que tenho disponível”.

Priorizar experiências em vez de objetos

Para reduzir o consumismo automático, a Educoin sugere substituir parte dos presentes materiais por experiências. A ideia é instituir, por exemplo, um amigo secreto de experiências, no qual os participantes trocam “vales” que representam momentos em família, como um piquenique, uma noite de jogos ou uma atividade especial juntos.

Incentivar o desapego e a geração de valor

Antes de entrar algo novo em casa, a orientação é estimular a saída do que não é mais usado. O período que antecede o Natal pode ser aproveitado para organizar um pequeno bazar familiar, no qual brinquedos, roupas e livros em bom estado sejam vendidos ou trocados.

O dinheiro arrecadado pode servir como complemento para a compra de um novo presente, ensinando às crianças noções de economia circular, sustentabilidade e geração de valor, além de aliviar o orçamento dos pais.

Aprendizado

Conforme a economista, o melhor presente de Natal não está necessariamente nas prateleiras das lojas. Ensinar que a felicidade não depende de compras parceladas, mas de escolhas conscientes, é um legado que acompanha a criança por toda a vida.

Oeste Mais 

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