Nas noites de 5 de novembro e 4 de dezembro, a Lua cheia estará mais próxima da Terra e parecerá maior e mais brilhante do que o normal, um fenômeno popularmente conhecido como superlua.
A superlua ocorre quando a Lua cheia coincide com o perigeu, ponto da órbita em que ela fica mais próxima da Terra. Apesar de ser um termo muito usado, a expressão “superlua” não tem base científica. Ela foi criada em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle para descrever luas cheias que acontecem no perigeu ou até 90% da distância desse ponto. Essa definição é arbitrária e não é reconhecida oficialmente por instituições de astronomia.
A União Astronômica Internacional não estabelece um critério para definir o que é uma superlua, por isso a classificação pode variar. Alguns especialistas consideram superlua quando o satélite está a 360 mil quilômetros ou menos da Terra; outros, quando a fase cheia acontece em um curto intervalo de tempo em relação ao perigeu.
Mesmo sem consenso, o termo se popularizou e hoje é usado como uma forma de aproximar o público da astronomia. Segundo a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, “a Lua é linda em qualquer fase, e não é preciso telescópio para apreciá-la — basta olhar para o céu e se encantar”.
A órbita da Lua é elíptica, o que faz com que ela se aproxime e se afaste da Terra ao longo do mês. No perigeu, fica mais perto; no apogeu, mais distante. Isso causa pequenas variações no tamanho e brilho que vemos da Terra.
De acordo com o astrônomo Gabriel Hickel, da Universidade Federal de Itajubá, a superlua parece “ligeiramente maior e mais brilhante”, mas a diferença é difícil de perceber a olho nu, já que não é possível comparar diretamente com outras luas cheias.
Para observar melhor o fenômeno, os especialistas recomendam procurar locais abertos e com pouca luz artificial, preferindo as primeiras horas da noite, logo após o nascer da Lua, quando ela está próxima ao horizonte.
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