A Polícia Federal (PF) e os laboratórios periciais dos estados vão identificar o "DNA do metanol" encontrado nas bebidas falsificadas que causaram intoxicações em diferentes regiões do país. O exame, chamado de análise de isótopos, permite descobrir se a substância tem origem vegetal, produzida em fábricas, ou fóssil, derivada de combustíveis adulterados.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a distinção é decisiva para o rumo das investigações.
Caso seja confirmado que o metanol é de origem fóssil, há indícios de envolvimento do crime organizado em um esquema de desvio e contaminação. Já o metanol vegetal poderia indicar falhas ou irregularidades no processo industrial de fabricação de bebidas.
A Polícia Federal, em conjunto com as polícias científicas dos estados, deve conduzir os testes nos próximos dias. O trabalho integra o Programa Nacional de Integração de Dados Periciais (PNID), que conecta laboratórios de todo o país e possibilita a troca rápida de informações técnicas sobre o material analisado.
Segundo o governo, a cooperação entre os órgãos também envolve apoio logístico, fornecimento de insumos e capacitação técnica para acelerar as análises. A expectativa é que, com a identificação da origem do metanol, seja possível rastrear os distribuidores ilegais e avançar sobre os responsáveis pela contaminação.
SBT News
