Santa Catarina tem a segunda menor taxa de analfabetismo do Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua Educação), divulgada pelo IBGE.
Segundo o levantamento, no segundo trimestre de 2024, o índice catarinense ficou em 1,9%, atrás apenas do Distrito Federal, que apresentou 1,8%. Conforme o PNAD, Santa Catarina está com índices superiores aos nacional. A pesquisa indica que 5,3 da população com 15 anos ou mais no Brasil não sabe ler e/ou escrever.
A taxa de analfabetismo revela o número de pessoas que ainda enfrentam dificuldades para ler ou escrever um simples bilhete. Para o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, o resultado mostra a força da educação catarinense. “Alfabetização e qualificação caminham juntas para preparar indivíduos para os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais exigente. O avanço representa dignidade, inclusão social e novas oportunidades”, destacou.
Em 2022, o estado ocupava a terceira posição no ranking, empatado com São Paulo (2,2%). Dois anos depois, avançou e conquistou a vice-liderança nacional. Enquanto São Paulo caiu para 4ª posição, com 2,3%, sendo ultrapassado pelo Rio de Janeiro, o melhor estado do sueste apontado na pesquisa, em terceiro lugar no quadro geral, com 2%.
Programas para fortalecer a aprendizagem
Segundo a secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta, o avanço é reflexo de investimentos contínuos. Entre eles, o “Qualifica SC“, programa do movimento “Educação Levada a Sério“, e o “Fortalecimento da Aprendizagem”, voltado para estudantes do 5º ao 9º ano que ainda apresentam dificuldades de leitura e escrita. “A qualificação da aprendizagem sempre foi um dos nossos principais focos. Queremos garantir que cada estudante e professor tenham suporte para desenvolver todo o seu potencial”, disse Ceretta.
A Região Sul aparece com a menor taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais, com média de 2,7%. Santa Catarina lidera com 1,9%, seguida pelo Rio Grande do Sul (2,4%) e Paraná (3,5%). No ranking geral, o Rio Grande do Sul ocupa a 5ª colocação e o Paraná aparece na 6ª posição.
Já no Sudeste, a média é de 2,8%, puxada pelo Rio de Janeiro. O Centro-Oeste tem média de 3,3%, com destaque para o Distrito Federal (1,8%).
O bom desempenho na educação acompanha outros indicadores. Segundo o Governo Estadual, Santa Catarina também registra a menor taxa de desemprego da sua série histórica, 2,2% no segundo trimestre de 2025, menos da metade da média nacional (5,8%).
Segundo o governo, o número representa uma queda de 40,5% no desemprego em relação ao mesmo período de 2022.
