Colaboradores do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso – Instituto Santé puderam conhecer a realidade de quem já recebeu um órgão em uma ação interna organizada pela Comissão Hospitalar de Transplante (CHT) em celebração Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro.
Nesta quarta-feira (24), todos os hospitais de Santa Catarina que possuem essa comissão interna realizaram ações voltadas a doação de órgãos e a importância de conhecer mais sobre esse processo.
No HRTGB-Santé foram convidadas quatro pacientes que receberam órgãos e levam consigo a marca da vida pós-transplante. Conforme a enfermeira coordenadora da CHT, Andreia Fiorini Bomfim, os profissionais do HRTGB, unidade onde são realizadas captações, convivem com a dor das famílias e o luto das perdas, mas muitas vezes desconhecem a realidade de quem recebe um órgão e tem sua vida transformada por esse ato. “Outras unidades, onde são realizados também transplantes, vivem os dois lados desse processo. Nós vivenciamos a dor do diagnóstico, o luto da morte. É importante mostrarmos as nossas equipes que existe esse outro lado, que a vida se transforma com a doação de órgãos”, enfatiza.
Além da presença das transplantadas, a enfermeira e o médico coordenador da CHT, Dr. Pedro Henrique Fávero Cetolin, ministraram uma palestra sobre o protocolo de morte encefálica e a possibilidade da doação de órgãos, dois processos muito distintos na realidade hospitalar. “Uma coisa é a morte encefálica, que tem todo um protocolo rigoroso para ser confirmada. Outra coisa é a doação de órgãos que pode ou não ser realizada a partir de declarada a morte. São situações distintas, mas que precisam de clareza para melhor compreensão em momento tão delicado”, explica Dr. Pedro.
EMOÇÃO E INFORMAÇÃO
Participaram como convidadas da ação Salete Klein Borges, que passou duas vezes por transplante renal, sendo o último em julho de 2025; Ivanir Milani, transplantada renal em agosto de 2024; Sandra Loro, transplantada de pulmão em dezembro de 2024;, e a colaboradora do HRTGB-Santé, Meirilane Nascimento de Oliveira, transplantada de córnea há 24 anos.
Histórias de dor, de superação, mas provas vivas do amor ao próximo. “Ser doador, autorizar a doação de órgãos de uma pessoa querida, é justamente o maior ato de amor do ser humano. Em um momento de extrema generosidade, doa-se sem saber quem será beneficiado. E hoje presenciamos a vida continuando, se transformando”, enfatizou o médico.
EVENTO EXTERNO: Na próxima sexta-feira (26), a Comissão Hospitalar de Transplante do HRTGB-Santé, em parceria com a Clínica Renal, realiza um evento de informação e conscientização no Calçadão da Rua Almirante Tamandaré, no Centro de São Miguel do Oeste. O evento está marcado para iniciar às 14h com distribuição de material informativo.
Ascom
