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Dono da Ultrafarma é preso em operação contra esquema de corrupção na Fazenda paulista

MP investiga fraude bilionária em créditos de ICMS; outros três suspeitos também foram presos

Dono da Ultrafarma é preso em operação contra esquema de corrupção na Fazenda paulista
Foto: Reprodução / Policia Militar do Estado de São Paulo

O empresário Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, foi preso temporariamente na manhã desta terça-feira (12) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda.

Além dele, também foram detidos o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como líder do esquema; o auditor Marcelo de Almeida Gouveia; e Mario Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop.

Oliveira foi encontrado em sua chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Já o executivo da Fast Shop foi preso em um apartamento na Zona Norte da capital. A Ultrafarma não se manifestou até a última atualização da reportagem. A Fast Shop informou que colabora com as investigações.

Segundo o MP, o grupo fraudava pedidos de ressarcimento de créditos de ICMS, um procedimento complexo ao qual empresas varejistas têm direito. Artur, que ocupava cargo de alto escalão na Fazenda, orientava empresas como a Ultrafarma e a Fast Shop, aprovava os pedidos e impedia revisões internas. Em alguns casos, liberava valores superiores aos devidos, recebendo propina mensal por meio de uma empresa em nome da mãe.

A estimativa é que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 1 bilhão desde 2021. Durante a ação, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão. Na casa de um suspeito em Alphaville, foram encontrados dois pacotes com esmeraldas, R$ 1 milhão, US$ 10 mil (cerca de R$ 54,2 mil) e 600 euros em um cofre. Ele e a esposa também tiveram prisão decretada, mas ainda não haviam sido localizados.

A Secretaria da Fazenda informou que instaurou processo administrativo para apurar a conduta do servidor e solicitou acesso às informações da investigação, reiterando compromisso com a ética e o combate a ilícitos fiscais.

Os suspeitos poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

G1

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