“Estamos diante de uma epidemia de fraudes e golpes, muitos praticados por redes do crime organizado e ainda fora do controle das autoridades”, afirmou Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Apesar da queda de 13,4% nos roubos e furtos de celulares, mais de 917 mil aparelhos foram subtraídos no ano passado.
Violência contra a mulher
“A violência está avançando sobre espaços que antes pareciam protegidos, como a casa e a família. Os números mostram que muitas mulheres continuam vivendo sob risco constante”, alertou Lima.
A violência contra crianças e adolescentes também cresceu. O número de mortes intencionais na faixa de 0 a 17 anos aumentou 3,7%, com alta expressiva na letalidade policial entre adolescentes.
Embora as MVIs (Mortes Violentas Intencionais) tenham recuado 5,4%, com 44.127 registros, o número de desaparecimentos aumentou 4,9%, levantando questionamentos sobre a real queda da letalidade. O ranking das cidades mais violentas tem forte presença do Nordeste, com destaque para Maranguape (CE), com taxa de 79,9 mortes por 100 mil habitantes.
“Persistem bolsões de extrema violência no país, especialmente onde há disputa entre facções. As políticas públicas precisam se adaptar às realidades locais”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum.
R7