O tempo foi bom, muita gente visitou o Parque de Exposições e a 29ª Festa do Vinho e do Queijo de Salgado Filho, realizada no fim de semana, está sendo considerada uma das maiores de todas já realizadas. Os expositores se prepararam com estoques maiores de produtos, mesmo assim, até a noite de domingo, praticamente limparam as prateleiras.
“Superou as expectativas em público, vendas de produtos coloniais e do comércio, contratos alinhados na área de agronegócios, tudo foi bom; o tempo ajudou, não choveu, não era quente nem frio, um clima para festa do vinho mesmo”, resumiu o coordenador da comissão de eventos, vereador Marcelo Barille.
O comentário de Barille está no mesmo tom que se ouviu em conversas de visitantes, do município ou da região, todos enaltecendo o evento, que faz parte do calendário do Sudoeste e muita gente costuma “não perder esta festa”, embora nem sempre seja tão grandiosa como a deste ano; em 2024, por exemplo, choveu e fez muito frio.
Na festa de 2025, destaque também para as promoções gastronômicas, que, ainda segundo Barille, igualmente superaram as expectativas. A Igreja Católica fez jantar italiano; a Igreja Luterana, costelão e porco na grelha; o Clube São Francisco também promoveu almoço e todos venderam bem. O café colonial também foi um sucesso, a fila era sempre grande.
Barille ainda atribiu o sucesso da festa ao “monte de gente que trabalhou”. Tudo deu certo, inclusive o concurso de rainha, que elegeu Diuli Bleich, ficando Fernanda Pegoraro como primeira princesa e Anna Clara Pellegrini como segunda princesa.
Queijo típico de Salgado Filho
O gosto do queijo depende da receita usada por cada produtor, mas também do tipo de leite e isso tem a ver com o pasto e o alimento que os animais recebem. A maioria dos expositores vendeu queijo produzido do leite de suas próprias vacas, e tem quem somente fabrica o queijo, mas com leite produzido no município. É o caso de Felipe Betiatto, que estreou na feira, junto com a esposa Geandra e a cunhada Mariana, dando sequência ao trabalho de sua sogra Ivonete Flach (hoje aposentada), uma das pioneiras da festa.
Felipe produz de quatro a cinco mil quilos de queijo por mês. E ele diz que a festa é fundamental para a atividade porque estimula a produção e a criação de queijos diferentes.
Entre os vendedores de vinho, a maioria produz a uva, mas igualmente tem os que compram uva no Rio Grande do Sul e produzem o vinho no padrão de Salgado Filho. É o caso de Amarildo Dalle Laste. Ele produz vinho branco e tinto, mas mais tinto. Diz que de cada três litros que vende um é branco e dois, tintos. Amarildo também não poupou elogios à festa deste ano.
JdeB