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Uso excessivo de filtros afeta a saúde mental

Muitas pessoas recorrem aos filtros para se sentirem melhor com a própria imagem

Um estudo recente da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, aponta que o uso constante de filtros digitais nas redes sociais tem levado ao aumento da autocomparação social, quando as pessoas se comparam com versões irreais e aprimoradas digitalmente de si mesmas.

Muitas pessoas recorrem aos filtros para se sentirem melhor com a própria imagem. Com a popularização das redes sociais, o uso desses filtros passou a ser uma prática comum, trazendo uma sensação momentânea de conforto e beleza. Porém, essa dependência pode causar impactos negativos.

A pesquisa revela que quanto mais distante a pessoa se sente da sua imagem filtrada, maior é a insatisfação com sua aparência real. Essa insatisfação pode evoluir para problemas sérios de saúde mental, como ansiedade, depressão e transtornos como a dismorfia corporal, que consiste na preocupação excessiva com defeitos físicos, reais ou imaginários.

Especialistas alertam que essa busca por um padrão de beleza inalcançável está diretamente ligada ao aumento da procura por procedimentos estéticos desnecessários. Observa-se um crescimento na demanda por intervenções que visam alcançar um padrão perfeito de nariz, lábios e pele sem imperfeições algo que não corresponde à realidade.

Adolescentes e jovens, principalmente do sexo feminino, são os mais afetados. Eles ainda estão construindo sua identidade e são mais vulneráveis à pressão social de se encaixar em padrões corporais idealizados, amplificados pelas redes sociais e pela mídia.

Após passar por acompanhamento psicológico para trabalhar a autoconfiança, muitas pessoas deixam de usar filtros e compartilham suas experiências para ajudar outras pessoas. O filtro cria a sensação de que é necessário ser perfeito para ser aceito, mas é importante entender que variações naturais na aparência como olheiras, espinhas ou inchaços fazem parte da vida.

Esse alerta reforça o impacto real que a busca por uma aparência perfeita e irreal pode ter na saúde mental, especialmente em um mundo cada vez mais conectado e visual.

Maiara Valdameri com informações Jornalismo Tv Cultura

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