Com o passar das horas, a história do balão que pegou fogo e caiu em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, vai sendo melhor esclarecida. O piloto foi ouvido pela Polícia Civil e teria contado que tentou controlar o incêndio quando ele começou, mas o extintor não funcionou. Ele também declarou que tentou pousar para que todos os 21 ocupantes saíssem o mais rápido possível, mas apenas 13 conseguiram. Os demais morreram vítimas de queda ou das chamas. Todos viviam em cidades catarinenses de diferentes regiões.
Uma coletiva de imprensa foi feita na tarde deste sábado (21) em Florianópolis, horas depois do episódio. O delegado-geral Ulisses Gabriel comentou sobre trechos do depoimento do piloto. O sobrevivente relatou que o fogo começou na base do cesto, onde havia um maçarico, que acendeu acidentalmente. O extintor de incêndio falhou e o homem tentou pousar. Perto do solo, já com as chamas, teria dito para as pessoas pularem.
Das 21 a bordo, 13 saíram. Com isso e o ar quente, o balão ficou mais leve e subiu novamente. Os demais turistas, então, ficaram no cesto que passou a ser totalmente consumido pelas chamas. Quatro deles pularam e morreram com a queda. Outros quatro morreram carbonizados, detalharam ainda as autoridades. Três dessas pessoas foram encontradas abraçadas.
O voo começou por volta das 7h e poucos minutos depois a tragédia aconteceu. Além do piloto, a polícia já ouviu cinco sobreviventes. Imagens ainda estão sendo colhidas e documentos indicaram a autorização para a prática. O que a investigação quer saber é se o balão estava em condições de ser usado e se o tempo era favorável.
A depender das análises, piloto e proprietário da empresa responsável pelo voo podem ser indiciados por homicídio doloso ou culposo.
Dos 13 que saíram com vida, cinco foram levados ao hospital, mas todos foram liberados até o final da tarde. Outras três pessoas também procuraram o pronto-socorro com dores nas costas devido ao pulo que deram para sair do cesto.