Um motorista de transporte escolar foi condenado a 100 anos de prisão por estuprar menores de 14 anos. As vítimas incluíam duas filhas do acusado, uma enteada e outras duas crianças. O homem, servidor público, atuava no transporte escolar de alunos com deficiência para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), situação de que se aproveitava para cometer os crimes.
A sentença do Tribunal da Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) destacou que os crimes foram cometidos com "dolo", ou seja, intenção deliberada, e que o réu se aproveitou da "relação de confiança, do vínculo familiar e da função pública" para agir. A magistrada considerou as provas robustas, incluindo depoimentos, laudos psicológicos, vídeos do ônibus e relatos de testemunhas. Além da prisão, o condenado perderá o cargo público e o poder familiar sobre uma das filhas, além de pagar R$ 10 mil de indenização por vítima.
O delegado Jorge Pierezan afirmou que as investigações começaram em meados de 2024, após a denúncia de um pai. "O relato era consistente, bem detalhado", disse. Durante as apurações, uma briga na delegacia revelou novas vítimas. "Ficou muito claro que esses crimes vinham acontecendo há algum tempo", disse.
O réu segue preso preventivamente e terá o nome incluído no Cadastro Nacional de Estupradores. A decisão ainda cabe recurso.
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