O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa Selic para 14,75% ao ano, após uma reunião realizada nesta quarta-feira (7). A nova taxa básica de juros teve um aumento de 0,5 ponto percentual, o que representa o maior patamar desde julho de 2006. Na ocasião, os juros chegaram a 15,25% ao ano.
Como justificativa para a sexta alta seguida, o Copom citou o “ambiente externo” que se mostra “adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos”.
A política comercial vem alimentando incertezas “sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária”, completou o comunicado do Copom.
A alta já era esperada por economistas do mercado financeiro, visto as indicações do Banco Central de que seria necessário um novo aumento da taxa básica de juros em maio.
“Cautela” para a próxima reunião
No comunicado feito pelo Copom, a próxima reunião também foi citada, que deve acontecer nos dias 17 e 18 de junho. Ainda não se sabe se a taxa deve diminuir na próxima reunião, segundo a nota:
“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, diz a nota.
Taxa Selic
A Selic define a taxa básica de juros da economia e é utilizada, muitas vezes, para conter a inflação. Ela é decidida com base no sistema de metas, tendendo a aumentar ou diminuir.
A meta para 2025 é de oscilação de 3% na inflação, mas a projeção dos economistas, segundo informações do g1, já passa de 5,50%, o que pode afetar a Selic.
NSC