Nesta quinta-feira (01), a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, e o Superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, lideraram uma reunião técnica crucial para debater o cenário epidemiológico da dengue e outras arboviroses em municípios catarinenses que enfrentam as maiores taxas de incidência de casos prováveis no início de 2024.
O encontro teve como objetivo fornecer uma visão atualizada do panorama epidemiológico no país e no estado, além de destacar as ações a serem intensificadas para controlar o mosquito Aedes aegypti e gerenciar clinicamente os casos suspeitos.
De acordo com o último informe epidemiológico, foram identificados 7.185 focos do mosquito Aedes aegypti em 182 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 154 são considerados infestados pelo vetor.
Santa Catarina já registra 5.897 casos prováveis da doença, indicando um aumento de 646,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Um óbito por dengue foi confirmado em Joinville, enquanto quatro permanecem em investigação em Araquari, Florianópolis, Garopaba e São Francisco do Sul.
Com o aumento dos casos de dengue em vários estados, Santa Catarina não está imune à luta contra a doença. Carmen Zanotto alertou que todos devem contribuir para eliminar os criadouros do mosquito. “Qualquer recipiente que permita o acúmulo de água parada pode se tornar um foco em potencial para a reprodução do mosquito”, ressaltou a secretária de Estado da Saúde.
O momento demanda preparação das equipes de saúde para organização dos serviços e atendimento aos pacientes. “É necessário que as equipes estejam sensíveis à suspeição da dengue e que o fluxograma para atendimento seja seguido. Lembrando que a hidratação é fundamental para o tratamento da dengue”, orientou o superintendente de vigilância em saúde, Fábio Gaudenzi.
Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive, enfatizou a importância da colaboração da população na prevenção da doença. “É preciso unir esforços, do poder público e de toda a sociedade, para enfrentamento das arboviroses. Ações simples que fazem diferença. Descartar corretamente o lixo, vedar caixas d’água, limpar calhas e lajes, são alguns exemplos”, destacou.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, e a população é instada a eliminar locais com água parada, adotando medidas simples no dia a dia.
SECOM