Quando pensamos em música e educação, logo nos salta à memória aquelas cantigas que nos acompanharam e acompanham dentro das aulas, dos encontros, nas celebrações festivas preparadas pela escola, nas acolhidas, animações, bem como, nos passeios e piqueniques.
Enfim, tudo isso e muito mais no que toca o fazer a educação ser viva e dinâmica pode e deve sempre se utilizar da música para tal fim. Mas esta deve ser entendida não simplesmente como uma forma de alegrar, distrair, preencher um espaço ou tempo, e sim como algo que toca e atinge a profundidade do ser no qual as palavras e ações do conteúdo educacional não conseguem lapidar, qualificar ou fazer com que todos aqueles que estão envolvidos compreendam o que o conhecimento quer expressar.
A música na educação deve sempre ser entendida como a linguagem que se coloca a serviço do conhecimento, para que todos aqueles que estão fatigados, perdidos e sem interesse na escola e na comunidade escolar como um todo, tenham uma verdadeira experiência com o saber, pois para fazer sentido tudo o que se apresenta na educação, esta deve se fazer sentir, pois se não se sente, jamais encontrará sentido e para isso a música é a melhor e mais valiosa “ferramenta”.
Portanto, ao preparar as aulas ou qualquer atividade com música, estimados agentes da educação, isto é, professores, pedagogos, auxiliares, pais e responsáveis, enfim toda a comunidade escolar, a música deve sem dúvidas ou medos se colocar à serviço do descobrir, encantar e apreender, por meio de nossas vozes que cantam, nossos corpos que dançam ou encenam coreografias, nossas mãos que afagam e acolhem, nossos olhos que transmitem esperança ou nossos instrumentos musicais que preenchem os espaços. Quando todos assumirmos e compreendermos que não precisamos ter “o dom”, mas sim dedicação e amor pela educação, a música há de se tornar mais uma ponte entre nós e os alunos que cantam e caminham conosco.
Por Flavio Peretti
