O clube surgiu a partir de um projeto elaborado pela professora Carol Ribeiro de Almeida, com apoio do professor Jeferson da Silva e da diretora Daiane Aparecida Savoldi Vieira Velho. A iniciativa foi selecionada entre 200 propostas aprovadas em todo o estado para implantação de clubes de ciências no Paraná. Desde a implantação, os alunos participam de atividades voltadas à sustentabilidade, observação do ambiente local e práticas investigativas.
Neste ano, duas pesquisas orientadas pelos professores Carol Ribeiro de Almeida e Jeferson da Silva foram inscritas para representar a escola na feira.
O primeiro trabalho investiga o Aegla parana, um crustáceo típico de água doce encontrado em córregos do Sudoeste e considerado indicador da qualidade ambiental. Os estudantes João Victor Savoldi Vieira Velho, Crislei Carnin e Shara Letícia Stckel da Silva realizaram visitas a córregos locais, registraram a presença do animal e aprofundaram o estudo sobre sua importância ecológica.
O segundo projeto aborda a erosão do solo, tema identificado pelos alunos na própria comunidade. Gabriel da Silva Borba, Eduardo de Lima Menin e Rafaela Martins analisaram áreas afetadas, conversaram com moradores e observaram causas e impactos do problema. Com base nas observações, os estudantes propuseram soluções sustentáveis e ações preventivas relacionadas à realidade rural do município.
Antes da viagem, os projetos foram apresentados a uma banca interna no colégio, formada por professores que contribuíram com sugestões e orientações. A apresentação serviu como preparação para o evento na capital, onde a escola representará Pinhal de São Bento e a região Sudoeste.
Em entrevista ao Jornal de Beltrão, a professora Carol, que acompanhou a dedicação diária dos alunos, disse que sente orgulho dos estudantes e que sabia que seriam aprovados por ver o esforço de cada um deles. “Foi muito bom trabalhar junto com eles, ficamos vários e vários dias em cima do projeto. Na parte escrita, que eu falo que foi a mais difícil, a gente leu muito artigo. E eu vendo crianças nessa idade já lendo livros, artigos científicos — porque querendo ou não tem uma escrita mais formal, mais difícil — e eles lendo tudo aquilo. E eu sabia que os dois iriam ser aprovados, a gente torcia muito.”
JdeB
