Santa Catarina registrou um saldo positivo de vagas de emprego com carteira assinada criadas em junho: foram 6.538, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No entanto, os números mostram queda em comparação com o mesmo mês do ano passado e uma desaceleração na geração de empregos em 2025.
Foram admitidos 133.525 profissionais e desligados 126.987 ao longo de junho, resultando no saldo de 6.538 vagas (+0,25%). Os números mostram uma queda de 36,43% na comparação com junho do ano anterior, em que foram gerados 10.284 empregos no Estado.
Ao longo de 2025, também foi observada uma queda na geração de empregos em Santa Catarina. O ano começou em alta, com 23.062 empregos gerados em janeiro, 30.097 em fevereiro, caindo para 9.841 em março, 10.460 em abril e 366 em maio. O acumulado do primeiro semestre é de 80.364.
Em contrapartida, o Estado segue tendo um dos maiores salários médios de admissão do país. Em quarto lugar no ranking, o indicador em Santa Catarina é de R$ 2.325,53, com registro de variação de 0,68% em junho.
Em primeiro lugar aparece São Paulo, com salário médio de admissão de R$ 2.588,70, seguido do Distrito Federal (R$ 2.415,44) e Rio de Janeiro (R$ 2.320,55). A média nacional é de R$ 2.278,37, um pouco acima da média da região Sul, de R$ 2.239,54.
Mais de 166 mil vagas no Brasil
No país, foram 166.621 vagas de emprego com carteira assinada geradas em junho deste ano, segundo os dados do Caged. Foram registradas 2,13 milhões de contratações e 1,97 milhão de demissões no período.
Os números representam queda de 19,2% em relação a junho de 2024, quando foram criados cerca de 206,3 mil empregos formais. Ainda, esse é o pior resultado para o mês desde 2023, quando o saldo foi de 155,7 mil vagas abertas.
A geração de empregos ficou abaixo do que era previsto pelo mercado, que esperava a abertura de cerca de 175 mil vagas para o mês.
O acumulado de 2025, entre janeiro e junho, registrou a criação de 1.222.591 milhão de empregos formais, queda de 6,8% em comparação ao mesmo período de 2024 (1,31 milhão). Essa foi a menor geração de vagas para o primeiro semestre desde 2023 (1,03 milhão).
Todos os cinco setores da economia registraram saldo positivo em junho, com destaque para o setor de serviços:
- Serviços: +77.057
- Comércio: +32.938
- Indústria: +20.105
- Agropecuária: +25.833
- Construção: +10.665
Em junho, 26 das 27 unidades da federação tiveram saldos positivos. Os destaques foram para São Paulo (+40.089 vagas), Minas Gerais (+24.228 vagas) e Rio de Janeiro (+15.363 vagas). O Espírito Santo teve o pior resultado, com menos 3.348 postos de trabalho.
