O caso dos estudantes de Direito que perderam R$ 77 mil da festa de formatura após a presidente da comissão gastar o valor em apostas on-line, entre elas o Jogo do Tigrinho, teve outro final feliz. Durante a cerimônia de formatura, que ocorreu neste sábado (3) em Chapecó, o reitor da universidade comunicou aos alunos que eles ganharam cursos de pós-graduação gratuitos na própria instituição de ensino, a Unidade Central de Educação Faem Faculdade (UCEFF). As informações são do g1 SC.
O presente foi dado pela direção da UCEFF. A festa que ocorreu no último fim de semana estava marcada para 22 de fevereiro chegou a ser adiada no início do ano por conta da falta de dinheiro. Para realizá-la, os estudantes precisaram arrecadar dinheiro com vaquinha on-line e, além disso, vender rifas e pizzas.
A mulher que perdeu o dinheiro não participou da festa e, por consequência, não ganhou a pós-graduação, comunicou a reitoria.
— Por sugestão de todos os professores, nós queremos dar um presente. Todos vocês poderão fazer uma pós-graduação na UCEFF gratuitamente — anunciou Leandro Sorgatto, o reitor, durante a festa.
Presidente da comissão contou que perdeu dinheiro 1 mês antes
A presidente da comissão de formatura mandou uma mensagem para o grupo de colegas no dia 27 de janeiro, pouco menos de um mês antes da data prevista para a festa. Na mensagem, ela disse que usou todo o dinheiro em apostas on-line:
“Me viciei em apostas online, tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado comecei a usar o da formatura para tentar recuperar e aí cada vez mais e mais fui me afundando no jogo e em dívidas até que perdi todo o valor, toda a vez eu acreditava que ia conseguir recuperar e dar um jeito na situação mas cada vez foi pior”, escreveu ela à época.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como apropriação indébita. No dia 11 de abril deste ano, o delegado responsável pelo caso disse que aguardava dados do Banco Central para identificar se o dinheiro havia sido destinado a uma plataforma de apostas ou para outra pessoa.
A defesa da investigada disse que ela pretende ressarcir os colegas com a recuperação dos valores perdidos. Em nota, o advogado da mulher destacou ainda que ela utilizou valores seus que “superaram o montante da formatura”.
NSC