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Saiba como funcionava o esquema de manipulação de jogos com alvos em SC

Ao menos três mandados de prisão e 20 de busca e apreensão foram cumpridos em seis estados

Saiba como funcionava o esquema de manipulação de jogos com alvos em SC
Foto: MPGO/Divulgação

Ao menos dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Santa Catarina na manhã desta terça-feira (18) durante a operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apura a suspeita de manipulação de resultados em jogos de futebol. Entre os alvos, está o jogador da Chapecoense, Victor Ramos, que teve o celular apreendido. As informações são do ge.

As investigações da Operação Penalidade Máxima tiveram início em fevereiro deste ano após a equipe verificar suspeitas em jogos da Série B do ano passado.

Conforme informações do ge, o volante Romário, do Vila Nova de Goiás, teria aceito uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport. Ele recebeu um adiantamento de R$ 10 mil, e receberia o restante após a partida. No entanto, como não foi relacionado, ele tentou cooptar outros colegas de time, mas não conseguiu.

A história vazou para o então presidente do time goiano, que investigou o caso e entregou as provas ao Ministério Público de Goiás. Na denúncia, outros dois jogos também teriam sido beneficiados com o esquema: Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Tombense.

Na primeira etapa da Operação, que ocorreu em fevereiro, oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados pelo Ministério Público e viraram réus por participarem do suposto esquema.

São eles: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

Conforme a promotoria, eles estariam envolvidos no esquema de cometer pênaltis no primeiro tempo dos jogos Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. A única partida onde isso não aconteceu foi entre goianos e pernambucanos, já que Romário e Gabriel Domingos não jogaram.

Já Joseph cometeu o pênalti em Criciúma x Tombense, e Mateusinho no jogo Sampaio Côrrea x Londrina. Os demais atletas do Sampaio Côrrea foram denunciados porque, segundo a promotoria, estavam cientes e participaram do esquema de alguma forma.

Como era o envolvimento dos jogadores

De acordo com o MP de Goiás, o grupo recrutava jogadores com ofertas que variavam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos, com um número determinado de faltas, cartão amarelo, garantir determinado número de escanteios para um dos lados e até atuar na derrota do próprio time.

Com isso, os apostadores tinham lucros altos em sites de apostas, seja diretamente ou por meio de laranjas.

Quais jogos são investigados?

Em um primeiro momento, o alvo das investigações eram partidas da Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, de acordo com o MP, existe a suspeita de que pelo menos cinco jogos a Série A de 2022 tenham sido fabricados por apostadores.

Também estão na lista partidas dos campeonatos estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo, também disputadas no ano passado.

Quantos mandados foram cumpridos?

O MP cumpriu três mandados de prisão preventiva e outros 20 de busca e apreensão em cidades de seis estados. Além de Chapecó, um deles foi cumprido em Tubarão, no Sul catarinense, mas o alvo da ação não foi divulgado. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ninguém foi preso.

A operação também ocorreu em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Os alvos são investigados pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção em âmbito esportivo. Agora, a investigação continua com o interrogatório dos envolvidos e a avaliação do material apreendido nesta terça-feira.

O que diz a Chapecoense?

Em nota, a Chapecoense se manifestou contra qualquer manipulação de resultados e reforçou a segurança na integridade profissional do atleta:

"A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade.

A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta.

Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso".

NSC

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