Desde o ataque a creche de Blumenau, já foram registrados pelo menos oito chamados para verificar situações de alerta em escolas em Santa Catarina. Somente na segunda-feira (10), foram cinco, dos quais três foram atendidos em um intervalo de seis horas, conforme consta em relatórios dos atendimentos realizados pela Polícia Militar.
Os casos divulgados pela PM apontam que os chamados foram registrados entre às 8h25 e 14h25 da segunda-feira. O primeiro chamado foi no município de Governador Celso Ramos, onde policiais encontraram uma pistola na mochila de um adolescente de 13 anos.
Outro caso aconteceu no centro de Canoinhas, onde os policiais foram chamados para verificar uma atitude suspeita e encontraram um estilete embaixo da mesa de uma aluna de 17 anos. A estudante disse que o objeto seria usado para um trabalho da escola.
O último caso, registrado e divulgado pela PM na segunda-feira, aconteceu no bairro Tapera, em Florianópolis. A diretora de uma escola contou aos policiais que foi informada que um canivete teria sido enterrado em frente à unidade, e os policiais encontraram a ferramenta no local indicado.
A PM informou que não tem um número preciso de chamados, pois muitos casos não configuram ocorrências ou não acabam em boletim de ocorrência. Contudo, reforça que tem realizado um trabalho específico nesses atendimentos e desenvolve ações permanentes para evitar desordens e crimes nas escolas.
Entre as ações está o programa Rede de Segurança Escolar, em que policiais militares efetuam policiamento dentro e fora do ambiente de ensino.
Desde o ataque que vitimou quatro crianças em Blumenau, pelos menos dois outros casos graves foram registrados no Brasil. Um ocorreu em Goiás, onde um adolescente entrou na escola com faca e feriu três pessoas, nesta terça-feira. O outro foi registrado em Manaus, na segunda-feira, quando um adolescente armado com faca feriu uma professora e outros dois colegas.
Após a tragédia, uma série de medidas têm sido tomadas e estudadas na tentativa de melhorar a segurança na rede de ensino.
FONTE: ND+