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Nova variante da ômicron pode estar circulando no Paraná e vacina é principal medida, afirma Beto Preto

Nova variante da ômicron pode estar circulando no Paraná e vacina é principal medida, afirma Beto Preto
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A variante XBB.1.5 do coronavírus, conhecida como Kraken, foi detectada pela primeira vez no Brasil nesta quinta-feira, 5. A paciente é uma mulher de 54 anos moradora do município de Indaiatuba, interior de São Paulo. Nesta quarta-feira, 4, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia feito um alerta sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos e afirmado que a subvariante derivada da Ômicron é a versão mais transmissível da covid-19 identificada até o momento.

Em entrevista à Rádio CBN Curitiba, o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, afirmou que a nova variante já pode estar circulando no Paraná. “Não tenho dúvida que já pode estar circulando no Paraná. Até porque o exame usado para identificar o caso no interior de São Paulo foi coletado em dezembro. Novas variantes também virão, não adianta sofrer por antecipação. A principal medida é a vacinação. E claro usar máscaras em aglomerações, manter a higiene das mãos”, afirmou o secretário. “Se conseguimos segurar essa pandemia foi graças às vacinas, que tem feito um grande trabalho. Não evita a transmissão, mas reduz a letalidade. Só o atraso vacinal coloca o cidadão em risco neste momento “.

A identificação no Brasil foi feita pela rede de saúde integrada, Dasa. O virologista José Eduardo Levi, responsável pelo projeto científico Genov, que faz a vigilância genômica das variantes da covid-19 na empresa, explica que a amostra da paciente veio junto com uma sequência de 1.332 amostras positivas de coronavírus da variante Ômicron, sendo 33 da subvariante XBB, que já existia no País. Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde da mulher.

“Aqui as características são de não ter uma nova onda. A gente tem visto a proporção de XBB aumentar em um cenário de queda do número de casos e incidência. É claro que o efeito réveillon começa a aparecer daqui a algumas semanas. Hoje é muito precoce falar disso, mas se tivesse uma onda de Natal a gente estaria vendo agora, então não houve”, avalia.

De acordo com o pesquisador, dentro de uma análise em larga escala nas amostras, ou seja, sem sequenciamento genético, é possível ver que houve diminuição da variante que dominava o Brasil, a BA.5, e suas derivadas.

Em contramão, houve um aumento de outra variante ainda desconhecida, mas que possui características de XBB. “Eu estimo que hoje nós estamos entre 20 a 30% de XBB. Se é a XBB.1.5 ou se vai virar a gente ainda não sabe, apenas o sequenciamento poderia dizer”, afirma.

Qual a diferença entre a subvariante XBB e a XBB.1.5 ?

As variantes mudam de nome de acordo com as alterações adicionais que vão desenvolvendo, como a transmissibilidade, ou mudanças em pontos-chaves que fazem com que o vírus escape da resposta imunológica ou do uso de anticorpos no tratamento. A Organização Mundial da Saúde afirmou por meio do diretor geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que a XBB.1.5 já foi encontrada em mais de 25 países.

“A XBB.1.5, uma recombinação das sublinhagens BA.2, está aumentando na Europa e nos Estados Unidos, foi identificada em mais de 25 países e a OMS está monitorando de perto”, disse Tedros.

O Brasil, segundo o virologista, ainda tem um número alto de casos para dar brecha para as “evoluções” do vírus. “Quanto mais vacinada a população, quanto mais imunizada naturalmente, você vai fechando o gargalo para o coronavírus até o momento que ele não consegue ter mutações”, afirma.

No que diz respeito aos sintomas, não há mudanças significativas com a nova subvariante, segundo o virologista. Ele explica que vírus se adaptou para ficar no trato respiratório alto, e não no pulmão, que leva à pneumonia, como era o caso da versão anterior à Ômicron. “O medo é que surja uma nova variante que seja ‘muito boa’ de transmitir e também desça para o trato respiratório com facilidade. Isso ainda não aconteceu”, afirma.

No mês de novembro, o Brasil negociou com a Pfizer 34 milhões de vacinas bivalentes contra covid-19 que protegem contra a cepa original e contra as variantes BA.1, BA.4 e BA.5. As remessas finais devem chegar até o fim de janeiro.

De acordo com José Eduardo Levi, a atualização das vacinas não acompanha as variações, o que causa um “atraso”, mas ainda sim imunizantes disponíveis conseguem proteger contra as novas versões. “No final, todas elas que têm Ômicron no esqueleto são melhores do que o que a gente tinha”, explica.

O boletim da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (Sesa) desta sexta (6) mostra mais 2.072 casos confirmados e 21 mortes por Covid. Os óbitos aconteceram entre 15 de setembro de 2022 a 5 de janeiro de 2023. São dez mulheres e 11 homens, com idades entre 42 e 93 anos.


Os casos confirmados divulgados nesta data são de: janeiro (1580) de 2023; dezembro (439),
novembro (16), outubro (1), setembro (1), agosto (1), julho (1), junho (1), maio (1) e fevereiro (6) de
2022; setembro (2), agosto (2), julho (2), junho (4), maio (1), abril (3), março (3), fevereiro (1) e janeiro
(4) de 2021; e dezembro (3) de 2020.

Os pacientes que foram a óbito residiam em: São Mateus do Sul (4), Londrina (4) e Curitiba (3).
A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios:
Telêmaco Borba, Teixeira Soares, São Pedro do Paraná, São Carlos do Ivaí, Paraíso do Norte,
Paranapoema, Foz do Iguaçu, Curiúva, Castro e Cascavel.

O Paraná soma agora 2.859.264 casos confirmados e 45.546 mortes causada

 Bem Paraná com CBN Curitiba

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