Agora, já são 18 denúncias de abuso sexual contra crianças pelo dono de uma creche em Itapema, Litoral Norte de Santa Catarina. As denúncias vieram a tona na última semana, depois que a mãe de uma criança de apenas 4 anos, que teria sido abusada pelo homem enquanto frequentava o centro de recreação infantil, acionou as autoridades.
Segundo a Polícia Civil, as outras duas funcionárias da recreação já foram ouvidas, assim como as vítimas. As funcionárias ainda devem ser ouvidas mais uma vez.
Desde que as primeiras denúncias aconteceram, pais das crianças matriculadas na creche se manifestaram diversas vezes, tanto em frente à recreação quanto em frente à Delegacia de Polícia Civil, pedindo justiça pelas crianças. O autor dos abusos segue foragido.
Força-tarefa de psicólogos
Para auxiliar nas investigações, uma força-tarefa de psicólogos policiais civis chegou a Itapema nesta quarta-feira, para além das investigações, prestar suporte às vítimas e familiares que relataram casos de abuso sexual infantil.
Ainda na nesta terça-feira, o delegado responsável pelas investigações colheu dez depoimentos relacionados ao fato. Todos os responsáveis pelas crianças já foram ouvidos.
O suspeito, um homem de 25 anos, que seria o proprietário da recreação infantil segue foragido da justiça. A prisão preventiva dele foi expedida no final da tarde de segunda-feira e o local onde funcionava a escolinha foi interditado.
A Polícia Civil segue com as investigações e as buscas continuam de forma intensiva.
Pais relatam abusos
As denúncias vieram das mães, que ouviram dos filhos que o “tio” estava tocando nelas de forma inapropriada.
“A minha filha chegou a me relatar que ele beijava ela na boca”. O relato é da mãe de uma criança de 4 anos, abusada pelo dono da creche. Segundo ela, o homem baixou as calças e tocou nas partes íntimas da criança.
A criança frequentava o centro de recreação há pouco tempo. “Eu tive que ter o sangue frio de pegar o celular e gravar”, conta a mãe, depois que a filha começou a relatar os casos de abuso.
No vídeo gravado pela mãe, a criança chama o suspeito de “tio”. Ela ainda pede que a mãe não conte nada a ele. “Nunca, nunca?”, pergunta a criança. “Nunca, nunca. Promessa ‘de dedinho’”, responde a mãe.